Influência do gênero e treinamento físico aeróbio sobre a modulação autonômica cardíaca, pressão arterial e biomarcadores de estado redox em mulheres na perimenopausa e homens


Autoria(s): Ferreira, Maycon Junior
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

16/05/2016

16/05/2016

15/04/2016

Resumo

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Pós-graduação em Ciências da Motricidade - IBRC

O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência do gênero e do treinamento físico aeróbio sobre a modulação autonômica cardiovascular, produção de óxido nítrico (NO), biomarcadores de estado redox e pressão arterial em mulheres na perimenopausa (MP) e homens (H) de mesma idade. Quinze MP (47,8±0,9 anos) e dezesseis H (50,7±1,2 anos) completaram todas as etapas do estudo. O desenho experimental foi composto por 12 – 14 semanas. Como parâmetros antropométricos, foram avaliadas massa corporal (MC), índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal (CA). A frequência cardíaca (FC) de repouso foi avaliada na posição sentada e sua variabilidade (VFC) foi determinada posteriormente. A pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foram medidas durante repouso e através da monitorização ambulatorial (MAPA). A variabilidade da PA (VPA) foi calculada usando o índice de variabilidade média real. O consumo pico de oxigênio (VO2 pico) foi determinado indiretamente através do teste de 1 milha. Amostras de sangue venoso foram coletadas após jejum noturno de 12 horas para análise de perfil lipídico e frações, creatinina e glicemia. Níveis de nitrito/nitrato (NOx-) e malondialdeído (MDA), atividade da superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) foram realizadas através do método colorimétrico em espectrofotômetro. O TFA consistiu de três vezes/semana de caminhada em esteira durante 30 – 40min, na intensidade da máxima fase estável de lactato por 8 semanas. Como resultados, comparado aos H, as MP apresentaram uma menor MC e CA antes (-14,66% e -11,93%, respectivamente) e após o TFA (-13,74% e -11,32%). Já o TFA reduziu a MC (-1,38%), IMC (-1,30%) e CA (-2,56%) apenas nos H. Da mesma forma, foi observado um menor VO2 pico em ambos os momentos (-22,42% e -20,24%) e maior FC de repouso antes do TFA (13,69%) nas MP comparado aos H, e o TFA promoveu um aumento do VO2pico em ambos os grupos (H: 2,08% e MP: 4,95%). Na análise da MAPA, foram observadas uma menor PAS de vigília (-7,02%) e 24h (-7,36%) nas MP antes do TFA. Já em ambos os momentos, esse grupo apresentou uma menor PAD de vigília (-9,76% e -11,89%), sono (-11,44% e 12,86%) e 24h (-10,23% e -12,30%) comparados aos H, e o TFA foi efetivo em reduzir a PAS tanto em repouso (-3,32%) quanto ambulatorial de sono (-4,22%) e 24h (-3,01%) apenas nas MP. A VPA diastólica de sono apresentou-se menor nas MP (-26,20%) previamente ao TFA. Na VFC, um menor índice SDNN (-25,53%), LFnu (-10,62%) e maior HFnu (41,50%) antes do TFA, bem como um menor LFms em ambos os momentos (-53,64% e -60,04%, respectivamente) foram observadas nas MP comparado aos H. Já o TFA reduziu LFms (-53,02%) e aumentou HFms (81,59%) apenas nos H, além de reduzir LFnu (-24,76%) e razão LF/HF (-72,62%) e aumentar HFnu (166,31%), observada também nas MP (LFnu: -28,58%, LF/HF: -71,55% e HFnu: 100,32%, respectivamente). Para a atividade antioxidante, a CAT apresentou-se menor nas MP (-32,37%) apenas após o TFA comparado aos H. Por fim, houve um aumento de NOx- (38,51%) e SOD (55,06%) nas MP após TFA. Dessa forma, com base nesses resultados, pôde-se concluir que a modulação autonômica cardiovascular é um dos fatores que compõem as diferenças pressóricas entre os gêneros durante o período de perimenopausa das mulheres, e o treinamento físico aeróbio é capaz de alterar positivamente a modulação autonômica cardíaca, produção de NO e estado redox dessa população.

The aim of this study was to evaluate the influence of gender and aerobic exercise training on cardiovascular autonomic modulation, nitric oxide (NO) production, biomarkers of redox state and blood pressure in perimenopause women (PW) and men (M) of the same aged. Fifteen PW (47.8 ± 0.9 yrs) and sixteen M (50.7 ± 1.2 yrs) completed all the stages of study. The experimental design was consisted by 12–14 weeks. As anthropometric parameters were assessed body mass (BM), body mass index (BMI) and abdominal circumference (AC). Resting heart rate (HR) was measured in a sitting position and its variability (HRV) was determined later. Systolic (SBP) and diastolic blood pressure (DBP) were measured at rest and by ambulatory blood pressure (BP) monitoring (ABPM). BP variability (BPV) was calculated using the average real variability index. The peak oxygen consumption (peak VO2) was determined indirectly through the one mile test. Venous blood sample were collected after overnight fast of 12 hours for lipid profile analysis and fractions, creatinine and glycemia. Nitrite/nitrate (NOx-) and malondialdehyde (MDA) levels, superoxide dismutase (SOD) and catalase activity were performed through of colorimetric method in spectrophotometer. The AET consisted of 3 times/week of walking on treadmill, 30 – 40 minutes, at maximal lactate steady state intensity for 8 weeks. As results, compared with M, PW presented a lower BM and AC before (-14.66% and -11.93%, respectively) and after AET (-13.74% e -11.32%). However, AET reduced BM (-1.38%), BMI (-1.30%) and AC (-2.56%) only in M. Similarly, was observed a lower peak VO2 in both moments (-22.42% and -20.24%) and higher resting HR before AET (13.69%) in PW compared to M, and AET promote an increase peak VO2 in both groups (M: 2.08% and PW: 4.95%). In analysis of ABPM, were observed a lower daytime SBP (-7.02%) and 24h (-7.36%) in PW before AET. Since both moments, this group presented a lower daytime DBP (-9.76% e -11.89%), nighttime (-11.44% and 12.86%) and 24h (-10.23% and -12.30%) compared with M, and AET was effective in reducing the SBP being at rest (-3.32%) and nighttime ambulatory (-4.22%) and 24h (-3.01%) only PW. The nighttime diastolic BPV was lower in PW (-26.20%) previously the AET. In HRV, a lower SDNN index (25.53%), LFnu (-10.62%) and higher HFnu (41.50%) before AET, as well as a lower LFms in both moments (-53.64% and -60.04%, respectively) were observed in PW compared to M. However, AET reduced LF (-53.02%) and increased HFms (81.59%) only in M, as well as reduce LFnu (-24.76%) and LF/HF ratio (-72.62%) and increase HFnu (166.31%), observed also to PW (LFnu: -28.58%, LF/HF: -71.55% e HFnu: 100.32%, respectively). For antioxidant activity, the CAT was lower in PW (-32.37%) only after AET compared to M. Finally, there was an increase of NOx- (38.51%) and SOD (55.06%) in PW after AET. Thus, based on this results, we can conclude that cardiovascular autonomic modulation is one of the factors that compound the blood pressure differences between genders during the perimenopausal period of women, and aerobic exercise training can positively alter the cardiac autonomic regulation, NO production and the redox state this population.

Identificador

http://hdl.handle.net/11449/138338

33004137062P0

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Exercício físico #Pressão arterial ambulatorial #Variabilidade da frequência cardíaca #Estresse oxidativo #Menopausa #Physical exercise #Ambulatory blood pressure #Heart rate variability #Oxidative stress #Menopause
Tipo

info:eu-repo/semantics/masterThesis