Imunonutrição de frangos de corte alimentados com ácidos orgânicos em alternativa aos quimioterápicos

Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Animal - FEIS

A administração de ácidos orgânicos em dietas de frangos de corte pode influenciar os microrganismos e as condições do trato gastrintestinal. Para tanto, conduziu-se um experimento no qual foram utilizados 840 pintos de corte machos da linhagem Cobb®, distribuídos num delineamento inteiramente casualizado, com sete repetições e 30 aves por boxe. Os tratamentos foram: T1- dieta basal - sem inclusão de aditivo (DB) - aves não desafiadas; T2- dieta basal - sem inclusão de aditivo(DB) - aves desafiadas; T3- DB + ácidos orgânicos- aves desafiadas; T4- DB + antibiótico e anticoccidiano - aves desafiadas. Os ácidos orgânicos foram um blend composto de ácido lático (40%), ácido propiônico (5%) e ácido butírico (1%). Os frangos foram desafiados por inoculação via oral aos 11 dias de idade com Eimeria acervulina, E. máxima e E. tenella. Aos 10, 14 e 21 dias foram realizadas colheitas de sangue de aves previamente identificadas para as análises imunológicas: níveis de eritrócitos, leucócitos circulantes, proteínas totais, glicose, albumina, hematócrito, hemoglobina e contagem total de leucócitos. Os dados de desempenho foram avaliados nos períodos de 1-7,1-14, 1-21 e 1-42 dias.Com os dados de desempenho aos 42 dias, evidenciou-se a eficiência do tratamento controle negativo (sem desafio) e antibiótico + anticoccidiano, nos quais as variáveis GPM e CRM se comportaram de modo similar e melhores, em relação às dietas controle negativo (desafiadas) e inclusão de ácidos orgânicos.Os ácidos orgânicos adicionados à dieta durante todo o ciclo de criação não apresentaram efeito satisfatório no desempenho que os caracterizassem como potenciais substitutos aos antibióticos melhoradores de desempenho. Aos 0 (antes da inoculação), 3 e 10 dias pós-inoculaçãoos ácidos orgânicos mostraram-se eficientes para promover defesa precoce e efetiva no sistema imune das aves, apresentando efeito mitigador do estresse nas aves em alguns momentos, podendo ser utilizados sem trazer prejuízos diretos à imunidade de frangos de corte.

The use of organic acids in chickens diets can influence gastrointestinal tract microorganisms and conditions. Therefore, a study was conducted in which 840 broiler chicks of Cobb® lineage were used, distributed in a randomized design with seven replicates and 30 birds per pen. The treatments were: T1 basal diet - without the addition of additives (DB) - unchallenged birds; T2 basal diet - without the addition of additives (DB) - challenged birds; T3 + DB organic acids challenged birds; T4 DB + antibiotic and anticoccidial - challenged birds. The organic acids were a blend composed by lactic acid (40%), propionic acid (5%) and butyric acid (1%). The chickens were challenged by oral inoculation at 11 days of age with Eimeria acervulina, E. maxima and E. tenella. At 10, 14 and 21 days blood samples were taken from previously identified birds for immunological analysis: erythrocy televels, blood leukocytes, total protein, glucose, albumin, hematocrit, hemoglobin, total leukocytes count. Performance data were evaluated in periods of 1-7, 1-14, 1-21 and 1-42 days. The performance data at 42 days showed the efficiency of the negative control treatment (no challenge) and antibiotic plus anticoccidial, where the GPM and CRM variables behave in a similar way, and therefore better than the diets of the negative control (challenged) and organic acids inclusion. Organic acids added to the diet during the breeding cycle showed no satisfactory effect on performance that characterize as a potential substitute for antibiotics improvers performance. At 0 (before inoculation), 3,and 10 days post-inoculation old organic acids were effective to promote early chickens defense by the birds immune system, presenting mitigating stress effect at some times and can be used without bringing direct harm to the immunity of chickens.