O Monolinguismo do Outro O caso do poeta politradutor Armand Robin


Autoria(s): Chanut, Maria Emília Pereira
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

27/04/2015

27/04/2015

2012

Resumo

Este trabalho aborda a questão da pulsão politradutória mediante a análise de sua manifestação na obra do poeta tradutor bretão Armand Robin (1912 - 1961). Essa pulsão, vinculada a uma visada metafísica na obra de Antoine Berman (A prova do estrangeiro, 2002) - definida como a busca romântica da língua pura -, é reavaliada atentando para os aspectos filosóficos e psicanalíticos mais evidentes. Em consonância com a teoria de Jacques Derrida (Le monolinguisme de l'autre, 1996), este estudo sugere que o politradutor Robin - que traduziu poemas de aproximadamente vinte e duas línguas para o francês - na verdade não"tinha" várias línguas, não era plurilíngue no sentido que convencionalmente conhecemos, mas tinha apenas uma língua e que não era a sua. O fato de considerar este poeta como um monolíngüe afásico singulariza e redimensiona a problemática em torno da pulsão do traduzir: a repetição do gesto tradutório desvela o excesso da busca de outras línguas, o que aponta paradoxalmente para um modo de velar o trauma relacionado à língua materna afásica (no sentido derridiano do termo). Esse duplo gesto de pulsão-repulsão se manifesta no poliglotismo e na politradução: traduzir permanentemente permite que Robin suporte na paixão a dor da abdicação de escrever a própria obra.

Formato

77-93

Identificador

http://sare.anhanguera.com/index.php/rtcom/article/view/4999

Tradução e Comunicação, n. 25, p. 77-93, 2012.

2178-6933

http://hdl.handle.net/11449/122620

ISSN2178-6933-2012-25-77-93.pdf

9767513947933917

Idioma(s)

por

Relação

Revista de Educação da Anhanguera Educacional

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Armand Robin #poesia francesa #politradução #língua materna
Tipo

info:eu-repo/semantics/article