Avaliação in vivo do potencial estrogênico de amostra de água para consumo humano produzida por estação de tratamento do estado de São Paulo


Autoria(s): Vaccari, Carolina
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

23/03/2015

23/03/2015

2013

Resumo

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Introduction: The release of raw sewage into rivers and lakes has drawn attention to an important issue nowadays: the water quality. Substances with estrogenic activity (xenoestrogens) are the best known endocrine disruptors, and these, as well as other chemical substances, may remain in the water even after the conventional treatment. Objective: This study investigated the estrogenic potential of a drinking water sample from a Sao Paulo State Water Treatment Plant, using a standardized bioassay: the uterotrophic assay (OECD; nº 440), supplemented by the vaginal cornification evaluation. Materials and methods: The drinking water distributed to the population was collected and concentrated as an extract using a cartridge filter for organic substances. Water extracts were chemically evaluated for emerging contaminants and also in vitro by a bioluminescent yeast assay with estrogen/androgen human receptors (BLYES, BLYAS). In vivo assay was conducted with female 21- day old Wistar rats that were exposed by gavage to drinking water extracts during 03 days at doses of 33.3, 166.5, and 333.0 mL equivalent of water/kg body weight, modeling a daily ingestion of 2 L, 5 L and 10 L of drinking water by a 60 kg human being. Results: Traces of caffeine (21ug/L), atrazine (2.2 ng/L), imidacloprid (0.88 ng/L) and fungicides like carbendazim (0.22 ng/L), azoxystrobin (0.23 ng/L) and tebuconazole (0.19 ng/L) were detected in the water extract by LC-MS/MS. These substances are emerging contaminants and potential endocrine disruptors. Androgen or estrogen agonistic extract activities resulted negative by the bioluminescent yeast assay (BLYAS, BLYES). Accordingly, the in vivo assay was negative: there was no significant increase of the uterus wet weight in the uterotrophic assay and no histological alterations in the uterus nor vaginal ephitelium. Serum levels of 17-βestradiol, FSH, LH and testosterone were not significantly influenced by treatment in this ...

Introdução: O lançamento de esgoto in natura em rios e lagos têm chamado a atenção para uma questão importante nos dias de hoje: a qualidade da água. Substâncias com atividade estrogênica (xenoestrógenos) são os interferentes endócrinos mais conhecidos, e estes, bem como outros compostos, podem permanecer na água mesmo após tratamento convencional. Objetivo: Este estudo investigou o potencial estrogênico de uma amostra de água proveniente de uma estação de tratamento do estado de São Paulo, utilizando um bioensaio padronizado: o ensaio uterotrófico (OECD; nº440), suplementado pela avaliação da cornificação vaginal. Materiais e métodos: A água para consumo distribuída para a população foi coletada e concentrada utilizando-se um filtro em forma de cartucho capaz de reter substâncias orgânicas. Os extratos de água foram investigados quimicamente quanto à presença de contaminantes emergentes e também avaliados in vitro por um bioensaio com leveduras luminiscentes contendo receptores de estrógeno e andrógeno humanos (BLYES, BLYAS). O ensaio in vivo foi conduzido com ratas fêmeas Wistar, com 21 dias de vida, expostas via gavage, aos extratos de água nas diferentes doses de 33,3; 166,65 e 330 ml/ kg por peso corpóreo, sendo equivalentes à ingestão diária de 2L, 5L e 10 L de água por um ser humano de 60 kg. Resultados: Concentrações de cafeína (0,056 ug/L), atrazina (0,081 ng/L), imidacloprida (0,88 ng/L) e fungicidas como carbendazim (0,22 ng/L), azoxistrubina (0,23 ng/L) e tebuconazol (0,19 ng/L) foram detectados no extrato de água por LC-MS/MS. Essas sustâncias são contaminantes emergentes e potenciais interferentes endócrinos. As atividades estrogênicas e androgênicas do extrato de água foram negativas pelo bioensaio com leveduras luminiscentes (BLYES, BLYAS). O ensaio in vivo também foi negativo: não houve aumento significativo no peso do útero no ensaio uterotrófico, bem como nenhuma ...

Identificador

VACCARI, Carolina. Avaliação in vivo do potencial estrogênico de amostra de água para consumo humano produzida por estação de tratamento do estado de São Paulo. 2013. 1 CD-ROM. Trabalho de conclusão de curso (bacharelado - Ciências Biomédicas) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Biociências de Botucatu, 2013.

http://hdl.handle.net/11449/121651

000807597

000807597.pdf

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Água - Qualidade #Agua - Analise #Desreguladores endócrinos #Expressão gênica #Toxicologia #Water quality
Tipo

info:eu-repo/semantics/bachelorThesis