Ofélia, de 'Hamlet', e o Hermetismo no Renascimento
Contribuinte(s) |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
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Data(s) |
24/02/2015
24/02/2015
2010
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Resumo |
Durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603) o protestantismo anglicano foi fortalecido, com o consequente combate ao catolicismo escolástico. Substituiu-se o paradigma filosófico considerado papista pelo neoplatonismo que havia emergido em Florença durante o século XV, mediante a releitura de textos de Hermes Trimegisto. Assim, o renascimento elisabetano teve como principal característica um misticismo hermético em completo acordo com o cristianismo, pois, embora santos e padres não tenham poderes especiais para nos conectar com Deus, a própria natureza criada por Ele permite aos homens ascender ao nível dos anjos. Razão pela qual o anglicanismo se distingue do luteranismo, que se apoia apenas na fé para alcançar a graça e a salvação. A discussão teológica desdobra-se nas artes, a exemplo da peça Hamlet, de Shakespeare, que tem suas personagens caracterizadas segundo a medicina hipocrática dos humores em consonância com os elementos da natureza, o que é flagrante no próprio desenlace de Ofélia, por afogamento. Na Inglaterra, o projeto de arte renascentista e a religião reformada constituíram portanto medidas oficiais tomadas por um governo que, além de se precaver contra a Espanha ultracatólica e contra as investidas do poder papal, buscava legitimar-se pela negação das teorias maquiavélicas. Ainda que tiranos como o tio de Hamlet tenham sido bem-sucedidos ao usar de meios espúrios para tomar o poder, forças naturais e sobrenaturais concorrerão para restaurá-lo a quem de direito. |
Formato |
99-118 |
Identificador |
http://200.144.182.130/revistacrop/images/stories/edicao14/vol14a08.pdf Crop, v. 14, p. 99-118, 2010. 1415-6253 http://hdl.handle.net/11449/115163 ISSN14156253-2010-14-99-118.pdf 5535069212986737 |
Idioma(s) |
por |
Relação |
Crop |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article |