Trabalhar em penitenciárias: violência referida pelos trabalhadores e (in)satisfação no trabalho


Autoria(s): Alves, Valdir; Binder, Maria Cecília Pereira
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

02/02/2015

02/02/2015

01/06/2014

Resumo

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Objective: to describe work-related characteristics, hear opinions, report aggressions and estimate the degree of work satisfaction among workers of two state prisons in Avaré, São Paulo, Brazil. Methods: cross section epidemiological study, gathering information through anonymous self administered questionnaire. We sought association between work characteristics, opinions and work place aggressions. Results: 301 subjects were enrolled, mostly men (85.4%) whose ages ranged between 30 and 49 years (61.1%) with a mean job time of 12.9 years. 46.8% worked extra hours, 68.2% reported worksite verbal or physical aggression, and threatening. Being engaged in repressive activities and being in straight contact with prisoners show a significant association with suffering aggressions (x2 = 4.31; p = 0.0038 e x2 = 6.65; p = 0.0099, respectively). Only 27.1% of the interviewed prison workers mentioned the desire of keeping their jobs under the same working conditions. There was an association between job dissatisfaction and aggression (x2 = 5.976: p=0.014). Conclusion: this study revealed daily violence that characterizes work in the studied prisons.

Objetivo: descrever aspectos do trabalho, auscultar opiniões, relatar agressões e estimar o grau de satisfação com o trabalho de funcionários de duas penitenciárias estaduais de Avaré - SP. Métodos: estudo epidemiológico transversal, com coleta de informações realizada por meio de questionário auto-aplicável não identificado. Pesquisou-se associação entre aspectos do trabalho, opiniões e histórico de agressões no trabalho. Resultados: participaram 301 sujeitos, majoritariamente homens (85,4%) no grupo etário de 30 a 49 anos (61,1%); tempo médio no serviço 12,9 anos; 46,8% realizavam horas-extras; 68,2% relataram sofrer agressões físicas, verbais ou ameaças no trabalho. Exercer atividade repressiva e contato direto com detentos mostraram associação significativa com sofrer agressões (x2 = 4,31; p = 0,0038 e x2 = 6,65; p = 0,0099, respectivamente). Apenas 27,1% dos entrevistados referiu acreditar na possibilidade de continuar no emprego mantidas as condições de trabalho. Observou-se associação entre insatisfação no trabalho e histórico de agressão (x2 = 5,976: p=0,014). Conclusão: o estudo revela o cotidiano de violência que caracteriza o trabalho nas penitenciárias estudadas.

Formato

50-62

Identificador

http://dx.doi.org/10.1590/0303-7657000066712

Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO, v. 39, n. 129, p. 50-62, 2014.

0303-7657

http://hdl.handle.net/11449/114487

10.1590/0303-7657000066712

S0303-76572014000100050

S0303-76572014000100050.pdf

Idioma(s)

por

Publicador

Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO

Relação

Revista Brasileira de Saúde Ocupacional

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Trabalho penitenciário #satisfação no trabalho #saúde do trabalhador #Penitentiary work #work satisfaction #worker' health
Tipo

info:eu-repo/semantics/article