Imigração e médicos italianos em São Paulo na primeira república
Contribuinte(s) |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
---|---|
Data(s) |
24/06/2014
24/06/2014
2001
|
Resumo |
A imigração européia para a região sudeste do país, que foi responsável pela introdução da mão-de-obra assalariada, para atender às necessidades da cultura cafeeira, nas últimas décadas do século XIX e primeiras do século XX, tem sido suficientemente estudada pela historiografia da imigração. O que tem sido explorado em menor grau, é a inter-relação entre a imigração e a reforma sanitária que ocorreu no período. O estado de São Paulo, particularmente, foi palco de uma triste história de imigrantes italianos chegados e expostos à virulência das epidemias. Esse foi o ponto de partida para o início do movimento de reforma da saúde pública. Os fazendeiros consideravam a imigração uma necessidade vital para a economia cafeeira, havendo um consenso bastante forte entre as elites e o governo da necessidade de mostrar ao mundo que o Brasil estava disposto a combater sua má reputação em matéria de saúde pública. O pensamento reformista e a ação elegeramos imigrantes como principal alvo da política de saúde. Desta forma, o presente trabalho apresenta dados sobre essas ações e discute a maneira como os países estrangeiros – particularmente a Itália – enviaram ao Brasil agentes e inspetores, médicos, engenheiros e outros profissionais, no sentido de verificarem as reais condições de vida, de trabalho e de saúde de seus conterrâneos tanto nas áreas rurais como nas urbanas. Um dos fenômenos que resultaram dos esforços dos inspetores sanitários foi a consolidação de um mercado de trabalho para médicos italianos e a abertura de hospitais italianos em São Paulo e outras regiões do estado. O impacto da imigração e a consolidação da profissão médica, afetados pela vinda desses profissionais a São Paulo, são os focos principais deste trabalho. The European immigration to the southeastern region of Brazil due to the necessity of labor in the coffee plantations in the last decades of the 19th century and beginning of the 20 is a well-kown topic of study. But what still remains to be explored is the relation between immigration and the sanitary reform that took place at the time. The state of São Paulo has a very sad story of Italian immigrants exposed to the virulance of the transmissible diseases. This caotic situation was the beginning of a movement for the health reform. The farmers considered immigration a vital input to the coffee economy and there was a strong commitment of the urban elites and the national government to show the world that Brazil wanted to erase its bad public health reputation. Reformists and their actions elected the European Immigrant as the first target for health improvement. This paper presents some data related to such actions and analyses the way foreign countries – particularly Italy – sent medical and other missions to evaluate and improve the health conditions of their countrymen, workers in the rural and urban areas in Brazil. A phenomenon related to the efforts of the health inspectors was the consolidation of a fairly large “Italian” medical profession and the opening of “Italian” hospitals in São Paulo and other parts in Brazil. These two aspects of the beginning of the public health movement in Brazil – the impact of immigration and the setting up of the medical profession - are the main focus of analysis inthis paper. |
Identificador |
http://seer.fclar.unesp.br/estudos/article/view/181 Estudos de Sociologia, v. 6, n. 10, 2001. 1982-4718 1414-0144 http://hdl.handle.net/11449/106814 ISSN1982-4718-2001-6-10-63-95.pdf |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
Relação |
Estudos de Sociologia |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Italian immigration #São Paulo #Brazil #Public health #Italian physicians #Imigração italiana #Imigrantes #Política de saúde #Epidemias #Profissionais #Médicos #Estado de São Paulo #Saúde pública |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/article |