Planejamento participativo e intercessão-pesquisa como dispositivos de participação e emancipação do trabalho e do trabalhador na saúde mental coletiva


Autoria(s): Santos, Liamar Aparecida dos
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

11/06/2014

11/06/2014

16/12/2011

Resumo

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Pós-graduação em Psicologia - FCLAS

O presente trabalho enfatiza um modo de fazer na saúde mental coletiva, seja na produção do “conhecimento vivo” (ROGGERO, 2009), seja na organização do cuidado ou na gestão, por meio de oficinas de Planejamento Participativo e da Intercessão-Pesquisa. Esse modo de inserção na práxis de transformação da realidade e de produção de conhecimento sobre ela se assenta na solidariedade, na construção coletiva, na busca da emancipação dos sujeitos envolvidos nesses processos, e se orienta em pressupostos que se diferenciam frontalmente do modo de fazer que deriva do sistema do Capital. Embora estejamos no contexto de uma produção específica, que é o das políticas públicas no campo da saúde mental, entendemos que o grande desafio de forjar novas formas de sociabilidade e de novos modos de fazer, que não estejam sob a regência do capital, passa necessariamente pelo processo de autoemancipação do trabalho e não pode restringir-se ao âmbito da política, ou promulgação de Leis. A experiência que aqui apresentamos se localiza na perspectiva de enfrentar esses desafios de construção de outros modos de produzir/fazer, através da criação de protagonismo, de maneira que os profissionais da saúde possam reconhecer o conhecimento demandado por suas práticas, participando também do processo de produção desse conhecimento. Dessa maneira, é fundamental aos gestores e trabalhadores da saúde mental coletiva a apropriação de ferramentas que ajudem a viabilizar a participação como expressão de cidadania ativa que o processo de planejamento participativo e a intercessão-pesquisa proporcionam, pois ambos relacionam o fazer com a reflexão teórica e integram a dimensão imediata com a estratégia ético-política, possibilitando a produção de conhecimento que vai além do modo de produção do capital

This work emphasizes a way of making in the collective mental health, either in the production of living knowledge (ROGGERO, 2009), either in the organization of care or management, through workshops on Participatory Planning, and Intercession-Research. This mode of insertion into the praxis of changing the reality and the production of knowledge about it is based on solidarity, on the collective construction, in the quest for emancipation of the subjects involved in these processes, and is oriented by assumptions that frontally differ from the way of making which derives from the Capital system. Although we are in the context of a specific production, which is the public policy in the field of mental health, we understand that the great challenge of devising new forms of sociability and new ways of making, which are not under the domination of capital, will necessarily go through the process of self-emancipation of labor and cannot be restricted to the realm of politics, or enactment of laws. The experience presented here lies in the prospect of facing these challenges of building other ways of producing / making, by creating protagonism, so that health professionals can recognize the knowledge demanded by their practices, also participating in the process of production of this knowledge. Thus, it is essential for managers and collective mental health workers the ownership of tools that help the feasibility of participation as an expression of active citizenship that the participatory planning process and intersection-research provide, as both relate the making to the theoretical study and integrate the immediate dimension with the ethical-political strategy, enabling the production of knowledge that goes beyond the mode of production of capital

Formato

95 f. : il.

Identificador

SANTOS, Liamar Aparecida dos. Planejamento participativo e intercessão-pesquisa como dispositivos de participação e emancipação do trabalho e do trabalhador na saúde mental coletiva. 2011. 95 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Assis, 2011.

http://hdl.handle.net/11449/105606

000684607

santos_la_dr_assis.pdf

33004048021P6

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Planejamento participativo #Saude mental #Saúde pública #Public health. eng #Mental health
Tipo

info:eu-repo/semantics/doctoralThesis