Considerações filogenéticas e biogeografia histórica dos malacostráceos (decápodes e isópodes) cenozóicos do Brasil


Autoria(s): TÁVORA, Vladimir de Araújo; PAIXÃO, Gleicy Mara Carvalho; SILVA, Fabrício Araújo da
Data(s)

20/03/2015

20/03/2015

01/03/2010

Resumo

Análises da Biogeografia Histórica da paleocarcinofauna cenozóica brasileira, encerrada nas formações Maria Farinha (Paleoceno), Tremembé (Oligoceno) e Pirabas (Mioceno), revelaram que as mesmas guardam afinidades com as cretáceas do mar de Tethys e possuem aspecto moderno. Sua distribuição paleobiogeográfica permite enquadrar o seu surgimento, dispersão e irradiação nos padrões fauna de origem tetiana, fauna de origem de alta latitude sul e fauna anfitropical, sendo que a maior parte tem afinidade com a fauna de origem tetiana, que teve basicamente dois caminhos de dispersão, migração no sentido oeste a partir do sul da Europa e Mar de Tethys, para leste atingindo a costa leste dos Estados Unidos e região caribeana, e em seguida, chegando na costa oeste dos Estados Unidos e América do Sul, pelo corredor americano central; e para leste da Europa e Mar de Tethys e Japão, a partir da costa leste dos Estados Unidos, em um caminho inverso ao primeiro. As relações filogenéticas definidas até o momento sugerem que a superfamília Thalassinoidea originou-se provavelmente de um grupo primitivo da infraordem Caridea, e que a família Retroplumidae (gênero Costacopluma) presente na Formação Maria Farinha, é ancestral direta dos ocipodídeos cenozóicos (representados na Formação Pirabas pelo gênero Uca), ocupando os mesmos nichos ecológicos e com tolerâncias ambientais similares. Também as similaridades morfológicas sugerem monofiletismo entre Xanthoidea e Portunoidea, que a partir do Paleoceno, os goneplacídeos, também monofilético, originou outro grupo-irmão, a família Hexapodidae, e o gênero Glyphithyreus possui caracteres afins da subfamília Eucratopsinae, membro do grande grupo Xanthoidea.

ABSTRACT: This work deals the analysis of the Historical Biogeography of the brazilian cenozoic paleocarcinofauna, recorded in the Maria Farinha, Tremembé and Pirabas formations. This taxa has affinity with the tethian carcinofaunas and modern aspect. The paleobiogeographic setting allows to situate their biological events of the origin, dispersional and irradiation trends in the tethian, south high latitude and amphitropical origins. The majority of the brazilian carcinofauna has affinity with the tethian faune, that migrate in two seaways, west and east. The phylogenetic relationships suggest appearence of the Thalassinoidea group from the Caridea infraordo. The Retroplumidae family (genus Costacopluma) recorded at Maria Farinha Formation is directed related with the cenozoic ocypodid (i.e. genus Uca at Pirabas Formation, living in the same ecological niches and environmental tolerances. Also, the morphological similarities between Xanthoidea and Portunoidea in the Paleocene, suggest monophyletic relationships with Goneplacidae and Hexapodidae. The detailed phylogenetic studies in Goneplacidae family reveals that Glyphithyreus genus is related with Eucratopsinae subfamily.

Identificador

TAVORA, Vladimir de Araújo; PAIXAO, Gleicy Mara Carvalho; SILVA, Fabrício Araújo da. Considerações filogenéticas e biogeografia histórica dos malacostráceos (decápodes e isópodes) cenozóicos do Brasil. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 47-58, mar. 2010. Disponível em: <http://ppegeo.igc.usp.br/pdf/rbg/v40n1/v40n1a04.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2015.

0375-7536

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/6459

Idioma(s)

por

Palavras-Chave #Biogeografia histórica #Paleocarcinofauna #Cenozóico #Formação Maria Farinha #Formação Tremembé #Formação Pirabas #Pará - Estado #Pernambuco - Estado #São Paulo - Estado #Maranhão - Estado #Piauí - Estado #Amazônia Brasileira
Tipo

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