Inversão vinculada de dados de EMAP e MT-1D anisotrópico

Uma técnica para a inversão de dados magnetotelúricos é apresentada neste trabalho. Dois tipos de dados são tratados aqui, dados gerados por modelos unidimensionais com anisotropia na condutividade das camadas e dados bi-dimensionais de levantamentos do método EMAP (ElectroMagnetic Array Profiling). Em ambos os casos fazemos a inversão usando vínculos aproximados de igualdade para estabilizar as soluções. Mostramos as vantagens e as limitações do uso destes vínculos nos processos de inversão. Mesmo vinculada a inversão ainda pode se tornar instável. Para inverter os dados 2-D do EMAP, apresentamos um processo que consiste de três partes: 1 – A construção de um modelo interpretativo e da aproximação inicial para a inversão a partir dos dados de seções de resistividade aparente filtradas pelo processo de filtragem do EMAP; 2 – a inclusão de uma camada de corpos pequenos aflorantes, chamada de camada destatic shift, aos modelos interpretativos para resolver as fontes de distorções estáticas que contaminam os dados; 3 – o uso dos vínculos aproximados de igualdade absoluta para estabilizar as soluções. Os dois primeiros passos nos permitem extrair o máximo de informação possível dos dados, enquanto que o uso dos vínculos de igualdade nos permite incluir informação a priori que possua significado físico e geológico. Com estes passos, obtemos uma solução estável e significativa. Estudaremos o método em dados sintéticos de modelos bi-dimensionais e em dados reais de uma linha de EMAP feita na Bacia do Paraná.

ABSTRACT: We present a technique to invert magnetotelluric data. Two kinds of MT data are treated: data generated by anisotropic one-dimensional models and two-dimensional data from EMAP (ElectroMagnetic Array Profiling) surveys. In both cases we perform the inversions using approximate equality constraints to stabilize the solutions. We show the advantages and the limitations of those constraints in the inversion process. Even when the inversion is constrained, it can still be unstable. To invert the two-dimensional EMAP data we present a process that consists of three steps: 1 – The interpretation model and the initial guess for each case are derived from the filtered apparent resistivity sections which are the result of the filtering process of the EMAP method; 2 – One layer formed by small outcropping bodies (termed static shift layer) is added to the interpretation model in order to resolve the sources of static distortions that contaminate the data; 3 – The inversion is constrained by approximate equality constraints. The first two steps enable us to extract the largest possible amount of information from the data, while the use of the approximate equality constraints allow us to incorporate a priori information which has true physical or geological meaning. With these steps we obtain solutions that are stable and meaningful. We study the method in two-dimensional models as well as in real data from an EMAP line surveyed at the Paraná Basin.