A noção de significado em B. F. Skinner e em M. Sidman


Autoria(s): NELSON, Tony
Contribuinte(s)

TOURINHO, Emmanuel Zagury

Data(s)

15/09/2014

15/09/2014

2001

2001

Resumo

Apresentam-se alguns aspectos do debate sobre a relação entre a interpretação de Skinner para o comportamento verbal e a pesquisa na área de equivalência de estímulos. Fornece-se uma descrição das noções de significado veiculadas por Skinner e Sidman em suas tentativas de produzir uma interpretação da linguagem de caráter analíticocomportamental. Os modelos explicativos de Skinner e Sidman são analisados em termos de seu alcance para a análise do comportamento verbal; em seguida, são comparadas as noções de significado como variáveis controladoras da resposta e como relações de equivalência entre estímulos; por último, o papel da substitutabilidade na linguagem, sua função e limites, é examinada. A análise de Skinner pretende ser mais abrangente do que a de Sidman, no sentido de tentar abarcar a totalidade do comportamento verbal. Skinner, ao contrário de Sidman, busca comparar sua proposta com as teorias da linguagem existentes. As análises de Skinner apontam para o significado como as variáveis explicativas do comportamento, enquanto que, as de Sidman, para o significado como estímulos equivalentes. A noção de significado proposta por Sidman fundamenta-se em relações entre estímulos (contingência de quatro termos, ou mais) e sua substitutabilidade (a equivalência entre estímulos). Na sua conceituação do comportamento verbal, Skinner considera uma distinção entre as funções de falantes e ouvintes como sendo importante, enquanto que em Sidman esta distinção não aparece. As análises de Sidman para o significado apresentam alguns aspectos que as diferem das teorias tradicionais criticadas por Skinner; entretanto, considera-se que a noção de significado proposta por Sidman continua problemática. Critica-se a substitutabilidade como uma boa base para se tratar o significado. Conclui-se que a equivalência pode ser um instrumento valioso na compreensão da linguagem, especialmente no que diz respeito à produção de comportamentos verbais não diretamente treinados, auxiliando a avançar as análises sobre o comportamento verbal.

ABSTRACT: Some aspects of the debate about the relationship between Skinner’s approach to verbal behavior and the research in the field of stimulus equivalence are adressed. A description of the conceptions of meaning presented by Skinner and Sidman, in their attempts to generate a behavior-analytic interpretation about language, is provided. Skinner’s and Sidman’s analyses of verbal behavior are examined in terms of their scope; the notions of meaning as controlling variables, and as stimuli equivalence relations are compared; and finally, the role of substitutability in language, its function and limits, is examined. Skinner’s analysis is broader than Sidman’s, in the sense that it tries to embody the totality of verbal behavior. Skinner is different from Sidman, in that the first tries to compare his proposal to the existing theories of language and the second, not. Skinner’s analyses point to meaning as the variables that explain behavior, while Sidman’s analyses, to the meaning as equivalent stimuli. The notion of meaning proposed by Sidman is based in stimuli relations (four-term contingencies, or more than four) and its substitutability (stimulus equivalence). In his conceptualization of verbal behavior, Skinner considers the distinction between functions of speakers and listeners as an important one, while this distinction doesn’t appear in Sidman’s work. Sidman’s analyses of meaning present some aspects that distinguish them from the traditional theories criticized by Skinner; however, the notion of meaning proposed by Sidman remains problematic. The substitutability, as a good basis to interpret meaning, is criticized. Equivalence can be a useful tool to understand language, specially with respect to the production of verbal behavior that is not directly trained, helping to improve verbal behavior analyses.

Identificador

NELSON, Tony. A noção de significado em B. F. Skinner e em M. Sidman. 2001. 142 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2001. Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento.

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5721

Idioma(s)

por

Direitos

Open Access

Palavras-Chave #Comportamento #Análise do comportamento #Comportamento verbal #Equivalência de estímulos #Behaviorismo radical #Significado
Tipo

masterThesis