Potencial alelopático de duas neolignanas isoladas de folhas de Virola surinamensis (Myristicaceae)


Autoria(s): BORGES, Fábio Cardoso; SANTOS, Lourivaldo da Silva; CORRÊA, Marivaldo José Costa; OLIVEIRA, Marilene Nunes; SOUZA FILHO, Antonio Pedro da Silva
Data(s)

20/12/2013

20/12/2013

01/03/2007

Resumo

Este trabalho teve por objetivos isolar, identificar e caracterizar a atividade alelopática de substâncias químicas presentes nas folhas de Virola surinamensis. O processo de isolamento e identificação das substâncias químicas envolveu o uso de solventes orgânicos e de Ressonância Magnética Nuclear (RMN <sup>1</sup>H, RMN <sup>13</sup>C e RMN <sup>13</sup>C-DEPT), espectro de COSY e de HETCOR. A avaliação da atividade alelopática foi realizada em bioensaios de germinação de sementes, em condições de 25 ºC de temperatura constante e fotoperíodo de 12 horas, e de desenvolvimento da radícula e do hipocótilo, com 25 ºC de temperatura constante e fotoperíodo de 24 horas, empregando-se concentrações variando de 1,0 a 8,0 mg L<sup>-1</sup>. Como plantas receptoras, foram utilizadas as espécies daninhas Mimosa pudica, Senna obtusifolia e Senna occidentalis. Foram isoladas e identificadas duas neolignanas: a surinamensina e a virolina. A tendência geral observada nos resultados foi de aumento da intensidade dos efeitos alelopáticos inibitórios em função do aumento da concentração, com inibições máximas obtidas, sempre, na concentração de 8,0 mg L<sup>-1</sup>. A surinamensina apresentou maior potencial para inibir a germinação e o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo do que a virolina, independentemente da espécie receptora e do fator da planta analisado. Considerando-se as intensidades dos efeitos promovidos sobre os três fatores das plantas, o desenvolvimento da radícula e o do hipocótilo foram mais intensamente inibidos pelas duas substâncias do que a germinação das sementes. À exceção dos efeitos verificados sobre o desenvolvimento do hipocótilo, malícia foi a espécie de maior sensibilidade aos efeitos alelopáticos das duas neolignanas, enquanto mata-pasto foi aquela que evidenciou inibições de menor magnitude.

ABSTRACT: The objective of this research was to isolate, identify and characterize the allelopathic activity of chemical compounds in Virola surinamensis leaves. The process of isolation and identification of chemicals compounds involved the use of organic solvents and Magnetic Nuclear Resonance (MNR <sup>1</sup>H, MNR <sup>13</sup>C and MNR <sup>13</sup>C-DPT), HETCOR and COSY specter. Allelopathic activity was evaluated by bioassays, under constant temperature of 25 ºC and 12-h photoperiod for seed germination and 25 ºC of constant temperature and 24-hour photoperiod for radicle and hypocotyl elongation, at concentrations ranging from 1.0 mg L<sup>-1</sup> to 8.0 mg L<sup>-1</sup>. The receiving plants used were the weeds Mimosa pudica, Senna obtusifolia and Senna occidentalis. Two neolignans were isolated and identified: surinamensin and virolin. The general trend observed was a positive relation between allelopathic effects and the concentration of the compounds, with maximum inhibition obtained at the concentration of 8.0 mg L<sup>-1</sup>. Surinamensin presented greater potential to inhibit seed germination and radicle/hypocotyl elongation than virolin, regardless of the receiving species or plant parameter. Radicle and hypocotyl elongation were more intensely inhibited than seed germination by the two compounds. Except for the effects promoted on hypocotyl elongation, the species M. pudicawas the most sensitive to the allelopathic effects caused by the two neolignans.

Identificador

BORGES, F. C. et al. Potencial alelopático de duas neolignanas isoladas de folhas de Virola surinamensis (Myristicaceae). Planta Daninha, Viçosa, v. 25, n. 1, p. 51-59, jan./mar. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pd/v25n1/a06v25n1.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2013. <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582007000100006>.

1806-9681

0100-8358

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/4550

Idioma(s)

por

Direitos

Open Access

Palavras-Chave #Planta daninha #Alelopatia #Virola surinamensis #Mimosa pudica #Inibição
Tipo

article