Avaliação da mutagenicidade in vivo e in vitro de compostos obtidos de plantas nativas do cerrado


Autoria(s): Santos, Fabio Vieira dos
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

11/06/2014

11/06/2014

21/11/2006

Resumo

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Pós-graduação em Biociências e Biotecnologia Aplicadas à Farmácia - FCFAR

No presente trabalho, foram avaliadas dez espécies vegetais, nativas do cerrado brasileiro e utilizadas popularmente no tratamento de úlceras gástricas, quanto ao seu potencial mutagênico. Foram empregados os testes de Ames (in vitro) e do micronúcleo em células do sangue periférico de camundongos (in vivo). De cada espécie vegetal foram avaliados dois tipos de extratos brutos: um polar e um apolar. Nos ensaios in vitro foi verificada mutagenicidade especialmente para os extratos polares (metanólicos) das seguintes espécies vegetais: A. castaneifolia, A. glandulosa, A. triplinervia, M. pusa, Q. grandiflora, Q. multiflora e S. pseudoquina. Nesses mesmos ensaios, os únicos extratos apolares que apresentaram mutagenicidade foram os obtidos de Q. grandiflora e Q. multiflora. Foram avaliados in vivo apenas os extratos polares, sendo que apresentaram mutagenicidade os extratos metanólicos de A. castaneifolia, A. glandulosa, A. triplinervia, Q. multiflora e S. pseudoquina. De acordo com as caracterizações químicas realizadas com as espécies vegetais estudadas, ficou evidente a participação bastante efetiva dos compostos fenólicos (flavonóides e taninos) na mutagenicidade observada. Também foi possível verificar o papel que possíveis interações entre os diferentes compostos químicos presentes nos extratos podem ter em suas atividades biológicas. Tendo em vista as informações obtidas, ficou clara a necessidade que os estudos biológicos e fitoquímicos apresentam para se promover uma maior compreensão dos riscos que podem estar associados aos tratamentos medicinais baseados em plantas.

In this work we evaluate the mutagenic potential of ten vegetable species native of the Brazilian savannah and used popularly in the treatment of gastric ulcers. The Ames test (in vitro) and the Micronucleus test (in vivo) were employed. We evaluate a polar extract and a non-polar extract to each vegetal species. The in vitro assays show the mutagenicity of the methanol extracts (polar) obtained from A. castaneifolia, A. glandulosa, A. triplinervia, M. pusa, Q. grandiflora, Q. multiflora e S. pseudoquina. The non-polar extracts from Q.grandiflora e Q. multiflora were mutagenic too. In vivo, only the polar extracts were studied and the methanol extracts from A. castaneifolia, A. glandulosa, A. triplinervia, Q. multiflora e S. pseudoquina were mutagenic. The phytochemical studies with the evaluated plants permit to infer the participation of the flavonoids and tannins in the mutagenic activities observed in vitro and in vivo. We also verified in this biological activity possible interactions between the different substances present in the raw extracts. In this way, we could to observe the importance of phytochemical and biological studies to promote a better comprehension of the risks that can be associated to the medicinal treatments based in the plants use.

Formato

152 f.

Identificador

SANTOS, Fabio Vieira dos. Avaliação da mutagenicidade in vivo e in vitro de compostos obtidos de plantas nativas do cerrado. 2006. 152 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, 2006.

http://hdl.handle.net/11449/104029

000486765

santos_fv_dr_arafcf.pdf

33004030081P7

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Plantas medicinais (Cerrado) #Plantas nativas do cerrado #Medicinal plants - Savannah
Tipo

info:eu-repo/semantics/doctoralThesis