Paleoecologia e tafonomia da floresta petrificada do Tocantins setentrional (Bacia do Parnaíba, Permiano)


Autoria(s): Capretz, Robson Louiz
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

11/06/2014

11/06/2014

16/08/2010

Resumo

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Pós-graduação em Geologia Regional - IGCE

No presente estudo é descrita uma floresta do Eopermiano do Norte do Gondwana, dominada por pteridófitas arborescentes, gimnospermas, licófitas e esfenófitas. Esta rica assembléia fossilífera localiza-se no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), na Bacia do Parnaíba, Norte do Brasil. Dois aspectos se destacam: a abundância dos fitofósseis e seu excepcional nível de preservação. Os vegetais fósseis guardam semelhanças com aqueles do mesmo período em Chemnitz (Alemanha), na Província Euroamericana, e com a Flora Gondvânica, na Bacia do Paraná (Brasil), entre outros. A análise dos padrões de orientação de 178 caules, junto com observações geológicas, sugere paleocorrentes no sentido Oeste-Leste predominantemente, originadas durante tempestades de monções, com área-fonte muito distante a Oeste, talvez em um contexto de leque aluvial distal. A vegetação das margens dos principais canais fluviais e suas planícies de inundação era dominada por pteridófitas arborescentes no estrato superior da floresta (dossel), com licófitas, esfenófitas e outras pteridófitas menores ocupando o estrato inferior (sub-bosque). Gimnospermas ocupavam regiões mais distantes das margens dos canais. A comparação entre pteridófitas arborescentes permianas (do MNAFTO) com pteridófitas arborescentes atuais (em remanescentes de Floresta Ombrófila Densa Submontana) permitiu discutir nichos ecológicos ocupados por estas plantas, a estrutura da floresta em ambos os casos, e a inferência da altura verdadeira dos fitofósseis, em uma aplicação inédita de técnicas alométricas a estudos paleontológicos

This present study describes a Lower Permian forest in Northern Gondwana, composed by tree ferns, gymnosperms, lycophytes and sphenopsids. This fossil assemblage is located at Tocantins Fossil Trees Natural Monument (MNAFTO) at Parnaíba Basin, Northern Brazil. There are two remarkable aspects: the abundance of fossils and their exceptional level or preservation. The vegetation is similar to the plant fossils found at Chemnitz (Germany), to Euroamerican Flora sites, and to Gondwanian Flora at Paraná Basin (Brazil), among others. Orientation pattern analyses of 178 stems with geological observations suggest paleocurrents in West-East direction, in monsoon storms. The source area should be at West, several quilometers away, probably in a distal alluvial fan context. The forest in the margins of main fluvial channels was occupied by tree ferns at canopy, and lycophytes, sphenopsids and other small ferns at understory. Gymnosperms probably lived in more distant areas from the fluvial channels. The comparison between fossil tree ferns (from MNAFTO) and modern tree ferns (in Submontane Tropical Rain Forest remnants at the present) allowed discussions about ecological niche, forest structure and estimations of real height of fossil tree ferns, in a new way to apply allometric techniques to paleontological studies

Formato

172 f. : il., tabs.

Identificador

CAPRETZ, Robson Louiz. Paleoecologia e tafonomia da floresta petrificada do Tocantins setentrional (Bacia do Parnaíba, Permiano). 2010. 172 f. Tese - (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2010.

http://hdl.handle.net/11449/103007

000694718

capretz_rl_dr_rcla.pdf

33004137035P2

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Paleobotânica #Tafonomia #Pteridófitas #Paleobotany #Taphonomy #Pteridophyta
Tipo

info:eu-repo/semantics/doctoralThesis