Conchostráceos permianos da bacia do Paraná: taxonomia, evolução, bioestratigrafia e paleobiogeografia


Autoria(s): Ferreira-Oliveira, Luis Gustavo
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

11/06/2014

11/06/2014

31/08/2007

Resumo

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Pós-graduação em Geologia Regional - IGCE

O trabalho apresenta uma revisão dos conchostráceos da Formação Rio do Rasto (Bacia do Paraná, Permiano) e discussões substanciadas, em parte, pelos resultados dos experimentos realizados com representantes viventes cultivados em aquários. Concluiu-se que diversas características das carapaças normalmente usadas para a classificação dos conchostráceos fósseis não são diagnósticas para a distinção de táxons porque variam de acordo com fatores tafonômicos, ecológicos e ontogenéticos. Os conchostráceos vivem em águas continentais, são extremamente esteno-halinos e, ao contrário de alguns paradigmas da literatura, não vivem obrigatoriamente em corpos d'água efêmeros, toleram a presença de peixes predadores em seu habitat e duas espécies do mesmo gênero num único corpo d'água. Tais observações coadunam com o registro litológico e paleontológico da parte inferior da Formação Rio do Rasto, depositada em condições lacustres. A parte superior, onde há mais fácies eólicas e evidências de aumento de aridez, apresenta diversidade maior de conchostráceos, incluindo Hemicycloleaia mitchelli, uma espécie que permite realizar correlações cronoestratigráficos com a Austrália e Rússia. Sua idade provavelmente é neotatariana (=wuchiapingiana). Outros táxons, como Monoleiolophus unicostatus, também foram considerados nas correlações, estimando-se que a Formação Rio do Rasto esteja compreendida no Permiano médio-superior.

Conchostracans of the Rio do Rasto Formation (Paraná Basin, Permian) are revised and discussions based on experiments with living conchostracans are presented. One conclusion is that many carapace characteristics frequently used for classification change according to taphonomic, ecologic and ontogenetic factors. The conchostracans live in continental fresh waters and, on the contrary of some paradigms of the literature, the organisms are not restricted to ephemeral water bodies and tolerate the presence of predatory fishes and two species of one single genus. These observations combine well with the lithological and paleontological record of the lower Rio do Rasto Formation deposited under lacustrine conditions. The upper part, formed under more arid conditions, presents bigger conchostracan diversity and includes Hemicycloleaia mitchelli. This species may be used for wide correlations with Australia and Russia, and its age probably is Late Tatarian (= Wuchiapingian). Other taxa, as Monoleiolophus unicostatus, were also used for correlations and the age of the formation may be interpreted as mid to late Permian.

Formato

185 f. : il., gráfs., tabs.

Identificador

FERREIRA-OLIVEIRA, Luis Gustavo. Conchostráceos permianos da bacia do Paraná: taxonomia, evolução, bioestratigrafia e paleobiogeografia. 2007. 185 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, 2007.

http://hdl.handle.net/11449/102996

000512371

oliveira_lgf_dr_rcla.pdf

33004137035P2

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Invertebrado fossil #Paleontologia #Conchostraca #Paraná basin #Permian #Limnic environment #Chronostratigraphy #Paleobiogeography
Tipo

info:eu-repo/semantics/doctoralThesis