Le Clézio e a aventura do narrar: um estudo de La Quarantaine


Autoria(s): Pitillo, Giovanni Ferreira
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

11/06/2014

11/06/2014

25/06/2009

Resumo

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Pós-graduação em Estudos Literários - FCLAR

Na contemporaneidade, o gênero romance se constitui em uma das formas narrativas que melhor se presta à representação do mundo. A sociedade moderna tem nessa forma literária sua expressão maior. Em sua natureza vê-se a crise do homem que por ser essencialmente ambígüo, por errar entre a razão e a sensação, se permite, então, conceber, sem estranhamento, a linguagem poética do romance contemporâneo. Nesse sentido, o romance moderno apresenta-se mais receptivo para acolher as inquietudes do sujeito da modernidade. Por meio de uma narrativa fragmentada, na maioria das vezes, esse novo romance põe em cena um narrador-autor expondo vivências individuais, que incitam o leitor moderno a buscar a experiência do conhecimento de si mesmo, enquanto indivíduo, em um primeiro momento. Posteriormente, leva esse mesmo leitor a estabelecer com o mundo objetivo, nas suas relações com o outro, reflexões sobre a sua condição humana por vezes absurda e insensata. Essa é a condição do romance La quarantaine, de Le Clézio. Esse escritor francês materializa, em sua extensa obra, o desejo do homem moderno de continuar a ser indefinidamente. Nessa narrativa poética, percebe-se, por meio da observação dos comportamentos existenciais de seu sujeito, a estreita relação com o tempo e o espaço sacralizáveis, promotores de uma estabilidade em meio a um mundo fragmentado e controverso.

De notre temps, le genre roman se constitue dans l’une des formes de récit qui mieux se prêtent à représenter le monde. La société moderne trouve dans cette forme littéraire son expression majeure. Dans sa nature, on y voit la crise de l’homme qui pour être essentiellement ambigu, pour errer entre la raison et la sensation, se permet donc de concevoir, sans étrangeté, le langage poétique du roman contemporain. Dans ce sens, le roman moderne se présente plus réceptif à acueillir les inquiétudes du sujet de la modernité. À travers une narrative fragmentée, dans la plupart des fois, ce nouveau roman met en scène un narrateur-auteur qui expose des expériences individuelles, qui incitent, d’abord, le lecteur à aller chercher l’expérience de connaissance de soi, en tant qu’individu et, plus tard, à établir avec ce monde objectif, dans ses rapports avec autrui, des réflexions sur sa condition humaine, parfois absurde et insensée. C’est la condition du roman La quarantaine, de Le Clézio. Cet écrivain français matérialise, dans sa vaste oeuvre, le désir de l’homme moderne de continuer à être indéfiniment. Dans ce récit poétique, on se rend compte, à travers l’observation des comportements existentiels de ce sujet, de l’étroite relation avec le temps et l’espace sacralisés, promoteurs d’une stabilité dans un monde fragmenté et controversé.

Formato

198 f : il. color.

Identificador

PITILLO, Giovanni Ferreira. Le Clézio e a aventura do narrar: um estudo de La Quarantaine. 2009. 198 f. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, 2009.

http://hdl.handle.net/11449/102375

000593515

pitillo_gf_dr_arafcl.pdf

33004030016P0

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Le Clézio, J.M. G. (Jean-Marie Gustave), 1940- #Literatura francesa #Literatura moderna - Sec. XX #Espaço e tempo na literatura #Identidade #Littérature contemporaine #Littérature francaise #Roman contemporain #Catégories espacio-temporelles
Tipo

info:eu-repo/semantics/doctoralThesis