Avaliação da infecção de ratos Fischer com dua amostras geneticamente distintas de Toxoplasma gondii: cinética de anticorpos, reisolamento em camundongos e reação em cadeia pela polimerase

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Pós-graduação em Doenças Tropicais - FMB

Com relação ao desenvolvimento do quadro clínico e a transmissão transplacentária, a toxoplasmose em humanos e ratos é similar, e a infecção em ratos pode servir como um modelo para a enfermidade humana. Foram inoculados, pela via oral, sete grupos de ratos com 105 (Grupo 1), 104 (Grupo 2) e 103 (Grupo 3) bradizoítos de Toxoplasma gondii cepa BTU-2 (altamente virulenta para camundongos), 105 (Grupo 4), 104 (Grupo 5) e 103 (Grupo 6) bradizoítos de T.gondii cepa ME-49 (pouco virulenta para camundongos) e solução salina estéril (Grupo 7 – Controle). Os animais foram observados durante 84 dias, com colheita semanal de sangue para obtenção de soro e realização das provas sorológicas pelos métodos de aglutinação direta (MAD) e imunofluorescência indireta (RIFI) para anticorpos das classes IgG e IgM. Ao final do período os animais foram sacrificados e fragmentos de tecidos colhidos para reisolamento do parasita em camundongos e para detecção de DNA do T.gondii pela reação em cadeia pela polimerase (PCR), utilizando-se oligonucleotídeos dirigidos para a detecção dos genes SAG- 1, B1, rDNA e para uma seqüência repetida não codificadora (REP). Foi realizada a tipagem da cepa BTU-2 pela avaliação do polimorfismo do gene SAG-2. Todos os ratos desenvolveram títulos de anticorpos detectáveis pelas diferentes técnicas, havendo, independente da cepa inoculada, diferenças mais frequentes entre os grupos que receberam 105 e 103 bradizoítos. Para IgM a partir do 35o DPI e para a RIFI-IgG e o MAD, a cepa BTU-2 induziu títulos mais elevados que a cepa ME-49. A cepa BTU-2 foi isolada de todas as amostras de cérebro e musculatura estudadas, independente da dose utilizada na infecção dos animais, enquanto que para a cepa ME-49, o parasita foi isolado mais frequentemente do cérebro do que da musculatura, com influência da dose infectante...

Referring to the symptoms and transplacentary transmission, toxoplasmosis in humans and rats is similar and rats can be used as a model for the disease in humans. 7 groups of rats were inoculated, by oral administration, using 105 (Group 1), 104 (Group 2) and 103 (Group 3) Toxoplasma gondii bradyzoits from strain BTU-2, which is highly infective to mice and with 105 (Group 4), 104 (group 5) and 103 (Group 6) T.gondii bradyzoits of strain ME-49, which is less infective to mice and, finally, sterile saline solution (Group 7) as a control one. The animals were observed during 84 days, with weekly blood samples, in order to obtain serum and then submitted to serological tests by modified agglutination test (MAT) and imunofluorecent antibody test (IFAT) to antibodies from subtypes IgG and IgM. At the end of time of observation, the animals were killed and samples of their tissues were obtained in order to reisolate the parasite and to detect the T.gondii DNA by polymerase chain reaction (PCR), using specific oligonucleotids to detect the genes SAG-1, B1, rDNA and to no coding repetitive sequence (REP). The BTU-2 strain was classified by the SAG-2 gene polymorphism. All the rats developed detectable antibodies titers, no matter which strain was used between the techniques. The most frequent differences in the serological results were among the groups that received 105 and those who received 103 bradizoits, no matter the strain used. The BTU-2 strain induced higher titles to IgM since 35 DPI and to IFAT-IgG and MAT than the ME-49 strain. The BTU-2 strain also was isolated from all the brain and muscles samples, no matter the dosage used to infect the animals. When the ME- 49 strain was used, the parasite was isolated more frequently... (Complete abstract, click electronic access below)