Confinamento e vastidão: a representação feminina e a subversão em The magic toyshop

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Pós-graduação em Letras - FCLAS

A presente dissertação pretende realizar uma análise da representação feminina no romance da escritora inglesa Angela Carter intitulado The Magic Toyshop (1967), observando sua relação com os elementos presentes na obra. Tendo em vista a importância desta representação nas obras carterianas, este trabalho pretende elucidar como se realiza a construção das personagens femininas e da ambientação (uma vez que esta também vai contribuir para a representação dessas personagens) da obra referida. As informações colhidas têm o intuito de esclarecer aspectos como, por exemplo, o estilo da autora, frequentemente associado à literatura fantástica e ao pósmodernismo, dialoga com a ideologia presente na obra, a saber, a crítica ao modelo patriarcal de sociedade, o qual muitas vezes impunha estereótipos e certos papéis sociais às mulheres. Assim, ao mesmo tempo em que sua obra se aproxima do caráter fantástico, Angela Carter não dissocia sua escrita do tecido social, criando, assim, um estilo de escrita único. Verifica-se, dessa forma, que assim como suas personagens, a autora, através da subversão, busca seu próprio espaço na Literatura

This dissertation intends to conduct an analysis of the female representation in Angela Carter’s novel The Magic Toyshop (1967), observing its relation with the elements present in the book. Considering the importance of this representation in the writer’s works, this dissertation aims to elucidate how the construction of female characters and the setting (since it will also contribute to the representation of these characters) of the referred narrative is done. The information obtained have the intention of clarifying certain aspects, such as the the dialogue between the author’s style, frequently associated with fantasy literature and post-modernism, and the ideology present in the novel: the critique of the patriarchal model of society, which often imposed stereotypes and social roles for women. Thus, at the same time that her work approaches the fantastic features, Angela Carter doesn’t dissociate her writing of the social context, creating an unique style of writing. One notices that, like her characters, the author seeks, through subversion, her own space in Literature