Efeito da utilização de substâncias inibidoras de metaloproteinases e de tipos de envelhecimento na resistência de união entre dentina e resina composta

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Pós-graduação em Odontologia Restauradora - ICT

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de soluções inibidoras de metaloproteinases e de tipos de envelhecimento na resistência de união entre resina e dentina. Para isto, foram obtidos segmentos coronários de 105 molares humanos. As amostras foram conectadas a um dispositivo de simulação de pressão pulpar, ajustado para 20 cm H2O. Foi realizado condicionamento com ácido fosfórico 37% por 15s, lavagem e secagem com papel absorvente. Em seguida, foram divididas em 5 grupos, de acordo com a solução aplicada por 1min: GC(Grupo Controle – nenhuma solução), CLX (Digluconato de Clorexidina 0,2%), EPE (Extrato de própolis etílico 10%), PA (Extrato de própolis aquoso) e AE (Álcool etílico 70%). Aplicou-se o adesivo (Adper Single Bond 2) e resina composta (Filtek Z350XT) em todos as amostras. Os grupos foram subdivididos de acordo com o tipo de envelhecimento: I (Corte Imediato), A (Armazenamento em saliva artificial por 6 meses) e C (Ciclagem termomecânica, 240.000 ciclos térmicos e 1000 ciclos mecânicos). As amostras foram cortadas em palitos e submetidas ao teste de microtração. Os dados de resistência de união (MPa) foram submetidos à ANOVA dois fatores. Para o fator soluções, não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,32). Para o fator envelhecimento, foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,00). Foi realizado então o teste de Tukey para o fator envelhecimento, cujos resultados foram I: 31,09a; A: 24,44b; C: 26,78b. Concluiu-se que as soluções inibidoras de metaloproteinases utilizadas não interferiram na resistência de união e que o armazenamento em saliva artificial por 6 meses e a ciclagem termomecânica diminuíram a resistência de união entre dentina e resina composta

This study aimed to assess the influence of metalloproteinase inhibiting solutions and aging processes on the bond strength between resin and dentine. To do so, crown segments of 105 human molars were obtained. Samples were connected to a pulp pressure simulation device, adjusted to 20 cm H2O. Conditioning was accomplished with 37% phosphoric acid for 15 seconds, washing and drying with absorbing paper. Then, samples were split into 5 groups, according to the solution applied for 1min: GC (Control group – no solution), CLX (Chlorhexidine digluconate 0.2%), EPE (Ethanolic propolis extract 10%), PA (Aqueous propolis extract) e AE (Ethanol 70%). Adper Single Bond 2 and composite resin (Filtek Z350XT) were applied in all samples. Groups were subdivided according to the aging process: I (Immediate cut), A (Storage in artificial saliva for 6 months) and C (Thermomechanical cycling, 240,000 thermal cycles and 1,000 mechanical cycles). Samples were cut in beams and went through microtraction tests. Bond strength data (MPa) were analyzed by two-factor ANOVA. For the factor Solutions, there was no statistically significant difference among the groups (p = 0.32). For the fator Aging, statistically significant difference was found among the groups (p=0,00). Tukey test was performed for Aging factor: I: 31,09a; A: 24,44b; C: 26,78b. It was concluded that the utilized metalloproteinase inhibiting solutions have not interfered in the bond strength, and storage in artificial saliva for 6 months and thermomechanical cycling reduced the bond strength between dentin and composite resin