Saúde materno-infantil: visão crítica dos determinantes e dos programas assistenciais


Autoria(s): Oliveira, Luiz Roberto de; Rizzato, Agueda Beatriz Pires; Magaldi, Cecília
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

20/05/2014

20/05/2014

01/06/1983

Resumo

Discute-se a determinação social da saúde materno-infantil nas Américas, a partir de inúmeras publicações e recomendações oficiais. Observou-se que nem todos os estudos valorizam apropriadamente as variáveis sociais e que muitos deles as consideram no mesmo nível de importância das variáveis biológicas. Como conseqüência, a compreensão final dos achados fica prejudicada e as conclusões e recomendações extraídas ficam longe de tocar a raiz dos problemas. Diferentes variáveis sociais (como escolaridade materna ou assistência médica) encontram-se freqüentemente associadas com variáveis biológicas (como peso ao nascer ou estado nutricional). Esta associação, no entanto, pode não representar uma relação causai, mas tão somente a ocorrência simultânea de características pertencentes a uma única classe social. Reitera-se a necessidade de estudos que reconheçam as classes sociais e analisem os resultados sobre saúde materno-infantil em relação às mesmas. Estes estudos provavelmente evidenciarão a importância social da saúde materno-infantil e evitarão as habituais diretrizes e recomendações restritas ao plano puramente técnico.

The social determinants of maternal-child health in American countries are discussed on the basis of the analysis of several papers and official recommendation. Many of these studies do not place due emphasis on social factors. Indeed, social factors are frequently put on the same level as biological ones. Therefore, the resulting understanding is distorted. Conclusions and recommendations from such studies should be accepted with some caution since they do not get to the root of the problems. Different social variables (like mother's education or medical care) are often associated with biological ones (like birth weight or nutritional status). However, this cannot be taken to establish a cause-effect relationship among those variables, but only the simultaneous occurrence of the characteristic features of social class. The authors maintain that different social classes be recognized and compared since such a comparison can better explain the results in this field. The necessity of new research which takes into account the social factors as more important than the biological ones is stressed. These would probably establish the social importance of the maternal-child health issue and avoid the recent purely technical guidelines and recommendations.

Formato

208-220

Identificador

http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89101983000300003

Revista de Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, v. 17, n. 3, p. 208-220, 1983.

0034-8910

http://hdl.handle.net/11449/29696

10.1590/S0034-89101983000300003

S0034-89101983000300003

S0034-89101983000300003.pdf

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Saúde Pública

Relação

Revista de Saúde Pública

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Saúde materno-infantil #Serviços de saúde materno-infantil #Programas de saúde #Maternal health services #Child health services #Health program
Tipo

info:eu-repo/semantics/article