Os agentes funerários e a morte: o cuidado presente diante da vida ausente
Contribuinte(s) |
Silva, Geórgia Sibele Nogueira da CPF:01971693413 http://lattes.cnpq.br/9834160198182260 CPF:46652973472 http://lattes.cnpq.br/1062059652170019 Alves, Elaine Gomes dos Reis CPF:95221115891 http://lattes.cnpq.br/8138503328035702 Costa, João Bosco Araújo da CPF:49516671772 http://lattes.cnpq.br/4418972852075556 |
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Data(s) |
17/12/2014
26/01/2012
17/12/2014
31/03/2011
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Resumo |
The present time is marked by the art of escape from death, which has become synonymous with failure, its exposure has become intolerable and the care of the dead body were assigned to third parties who market this practice through services and products that shape the market undertaker. In this context, in which death is an object of study, has arisen funeral officers, as professionals dealing with a dead body, with the pain of relatives and their reactions, often being the first to have contact with the death scene. As professionals in the health area, the morticians also deal with death. The first attempt to prevent the arrival of death, funeral officers already has begun their work routine from there. Death and its surrounding part of their profession. What about those professionals whose work demands as a feared and denied by society? This study aims to understand the intents, meanings and implications for the mortician to deal with death in their daily work in order to focus renewed attention to the care of these professionals. To this end, it was carried out a qualitative research grounded in the theoretical framework of Gadamerian hermeneutics for production and interpretation of narratives. It was used two methodological strategies for data collection: in-depth interview with script and workshop with the use of "scenes". Research participants were nine morticians funeral of two funeral agencies of the city of Natal. It was possible to detect the presence of the social imaginary of interdiction on the theme of death from living with feelings of his presence daily, from the need of respondents to naturalize their contacts with death, a requirement of their office to deal with the difficulties of manipulating body fluids and odors, sometimes in a state of decomposition; allied to wishes to achieve the goal of delivering to family-customers a "embellished" body for the final farewell. Being a mortician, in addition to not being a professional motivation, involves facing difficulties related to heavy routine work, low salaries, unprofitable work materials and equipments, besides having to deal with the social gaze that devalues the profession. In turn, they also deal with the pain coming especially from contact with family members, either when they are targets of these feelings of anger, whether they identify with the pain of the bereaved ones. On the other hand, when the recognition and gratitude of the families occur, they find meaning and beauty in their profession of caring for the dead body. The present study by giving voice to morticians has become possible to understand better their profession, the pain that surrounds and care needs of these workers. Finally, it has argued that the mortician may be recognized as a care professional for the way exercising caution with the dead body and their families. A atualidade é marcada pela arte de fugir da morte e os cuidados com o corpo morto atribuídos a terceiros, através de serviços que configuram o mercado funerário. Neste contexto, surgem os agentes funerários, profissionais que lidam com o corpo morto, com a dor dos familiares e suas reações. Este estudo tem como objetivo compreender os sentidos, significados e implicações para o agente funerário ao lidar com a morte em seu cotidiano de trabalho a fim de orientar uma atenção voltada para o cuidado a esses profissionais. Foi realizada uma pesquisa qualitativa ancorada no referencial teórico da Hermenêutica Gadameriana para produção e interpretação das narrativas. Utilizamos duas estratégias metodológicas para coleta de dados: entrevista em profundidade com roteiro e oficina com utilização de cenas . Nove agentes funerários de duas agências funerárias da cidade de Natal participaram da pesquisa. Constatou-se a presença de um cenário social de interdição sobre a morte convivendo com sentimentos oriundos de sua presença diária: a necessidade dos entrevistados de naturalizar seu contato com a morte, a fim de conseguirem manipular os fluidos e odores de corpos, aliados ao objetivo de entregar aos familiares-clientes um corpo embelezado para a despedida final. Ser agente funerário não é uma motivação profissional e implica enfrentar dificuldades: pesada rotina de trabalho, baixa remunerações, equipamentos de trabalho deficitários; lidar com o olhar social que desvaloriza a profissão e as dores advindas do contato com os familiares. No entanto, diante do reconhecimento e agradecimento das famílias os agentes encontram sentido e beleza no ofício de cuidar do corpo morto. Este estudo possibilitou compreender o cotidiano dessa profissão, as dores que a envolve e as necessidades de cuidado desses trabalhadores. Defende o reconhecimento do agente funerário como um profissional de cuidado, pela forma como exerce o cuidado com o corpo morto e seus familiares. |
Formato |
application/pdf |
Identificador |
CÂMARA, Cláudia Millena Coutinho da. Os agentes funerários e a morte: o cuidado presente diante da vida ausente. 2011. 166 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia, Sociedade e Qualidade de Vida) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011. http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/123456789/17485 |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte BR UFRN Programa de Pós-Graduação em Psicologia Psicologia, Sociedade e Qualidade de Vida |
Direitos |
Acesso Aberto |
Palavras-Chave | #Morte #Agentes funerários #Corpo #Cuidado. #Death #Morticians #Body Care. #CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
Tipo |
Dissertação |