Lógos e noûs no Fedro de Platão


Autoria(s): Oliveira, Lucas Mafaldo
Contribuinte(s)

Silva, Markus Figueira da

CPF:05528199484

http://lattes.cnpq.br/8976484074380754

CPF:00199068704

http://lattes.cnpq.br/0709727083553042

Santos, José Gabriel Trindade

CPF:69608288134

http://lattes.cnpq.br/9241627347381067

Macedo, Monalisa Carrilho de

CPF:86364294715

http://lattes.cnpq.br/1111715712985263

Costa, Admar Almeida da

CPF:03519883783

http://lattes.cnpq.br/8649832887633328

Data(s)

17/12/2014

20/11/2014

17/12/2014

28/04/2014

Resumo

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

O objetivo dessa tese é estudar a relação entre lógos e noûs no diálogo Fedro de Platão. Consideramos que a tensão entre essas duas noções serve de fio condutor para organizar uma série de questões levantadas ao longo do diálogo. Em particular, consideramos que um dos objetivos de platão ao escrever o Fedro é retirar a discussão do lógos do contexto especializado da retórica e inserí-lo em uma discussão mais ampla a partir de uma discussão ontológica. Nesse sentido, consideramos que Platão está simultaneamente dialogando com a obra de dois oradores importantes: Górgias e Isócrates. Platão segue o primeiro em estabelecer uma relação entre lógos e éros,mas o abandona ao mostrar que erós, enquanto uma dynamis capaz de mover a alma humana, não serve necessariamente para provocar o engano,mas pode levar à alma em direção ao seu melhor. Em seguida, argumentos que essa direção desejável para alma seria justamente a noção de noûs enquanto ato de percepção do inteligível. Dito isso, passamos a discutir os princípios ontológicos expostos no diálogo, mostrando que o segundo dicurso de Sócrates mostra haver uma relação de semelhança entre o sensínvel e o inteligível.Essa relação leva platão a apresentar uma nova interpretação de eikós, compreendido agora como uma ponte entre a dóxa e a alethéia,o que consideramos ser um ataque direto à doutrina de Isócrates de que a dóxa seria suficiente para a persuasã. Nesse sentido, Platão abrevia o abismo entre dóxa e alethéia, mas mantém a prioridade ontológica do noús, afirmando que é por meio da epistéme que podemos conhecer o que é semelhante a verdade. Nesse sentido, a dialética surge como a téchne filosófica por excelência,na medida em que é descrita como capacidade em utilizar o lógos em busca da experiência de noús.Por fim, afirmamos ainda que, seguindo essa linha de raciocínio, Platão propôe o desenvolvimento de uma nova retórica que, para ser uma autêntica téchne, deveria se converter em uma disciplina filosófica, cujos fundamentos seriam descobertos por meio da dialética

Formato

application/pdf

Identificador

OLIVEIRA, Lucas Mafaldo. Lógos e noûs no Fedro de Platão. 2014. 250 f. Tese (Doutorado em Metafísica) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.

http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/123456789/16471

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

BR

UFRN

Programa de Pós-Graduação em Filosofia

Metafísica

Direitos

Acesso Aberto

Palavras-Chave #Lógos. Noús. Éros. Dialética. Fedro. Platão #CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Tipo

Tese