A constituição discursiva de identidades étnicorraciais de docentes negros/as: silenciamentos, batalhas travadas e histórias (re) significadas

In this research study, in which I discuss the discursive constitution of ethnic-racial identity of black male and female teachers, I understand that the process of identity formation of the subject covers both personal/family and social/professional areas. In it, I propose, in general terms, to analyze the discursive practices present in narratives of black male and female teachers when they look for their social insertion into different social contexts, identifying outbreaks of resistance that are present in their process of ethnicracial identities. The fundamental issue that permeates the survey investigates: how can black male and female teachers behave discursively in the construction of ethnicracial identities in multiple distinct contexts? The theoretical foundations that support this research work come from theoretical fields that complement each other; among them, French Discourse Analysis, Foucault s Theory and cultural studies. These, even with their singularities, are being interlaced by the conception that conceives language as social practice. Methodologically, I adopt an interpretative and qualitative paradigm to examine not only the linguistic repertoires that compose these teachers written narratives written but also the data that were generated by semi-structured interviews. The results show that the subjects, realizing contrary forces that interfere in their process of social inclusion, make use of acetic techniques to (re)signify the history of their lives

Universidade Estadual do Rio Grande do Norte

Nessa pesquisa em que discuto a constituição discursiva de identidades étnicorraciais de docentes negros e negras, parto da compreensão de que o processo de formação identitária do sujeito abrange tanto a área pessoal/familiar quanto à social/profissional. Nela, proponho-me, a analisar as práticas discursivas presentes em narrativas de quinze professores/as negros/as residentes nas cidades de Assu e Pendências RN quando buscam sua inserção em diversas instâncias sociais, identificando focos de resistências que atravessam seu processo constitutivo de identidades étnicorraciais. A questão fundamental que perpassa a pesquisa investiga: Como será que professores/as negros/as se posicionam discursivamente na construção de identidades étnicorraciais nas diversas instâncias sociais? Os fundamentos que respaldam a pesquisa advêm de campos teóricos que se articulam, entre outros, a AD francesa, teorizações foucaultianas e os estudos culturais. Esses, mesmo com suas singularidades, estão sendo entrelaçados pelo fio condutor que concebe a linguagem enquanto prática social. Metodologicamente, adoto um paradigma qualitativo interpretativista para examinar não apenas os repertórios linguísticos que compõem narrativas escritas por docentes, mas também os dados gerados pelas entrevistas semiestruturadas. Os dados indiciam que os sujeitos colaboradores, ao perceberem as forças contrárias que atravessam seu processo de inserção social, se utilizam de técnicas acéticas para (re) significarem suas histórias de vida