Comportamento de ovinos em capim-tanzânia sob lotação rotativa com quatro níveis de suplementação concentrada


Autoria(s): Pompeu, Roberto Cláudio Fernandes Franco; Rogério, Marcos Cláudio Pinheiro; Cândido, Magno José Duarte; Neiva, José Neuman Miranda; Guerra, José Lúcio Lima; Gonçalves, Josemir de Souza
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

20/05/2014

20/05/2014

01/02/2009

Resumo

Avaliou-se o comportamento de ovinos em pastagem de capim-tanzânia irrigado sob suplementação (0,0; 0,6; 1,2 e 1,8% PV) com concentrado. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com seis repetições (ovinos). A porcentagem do tempo total sob o sombrite, pastejando, ruminando, em outras atividades, em ócio, o número de ingestões de suplemento/sal, de defecações, de micções e de ingestão de água e a taxa de bocado foram estimados dividindo-se o dia em oito períodos de 3 horas (das 5 às 8 h; 8 às 11 h; 11 às 14 h; 14 às 17 h; 17 às 20 h; 20 às 23 h; 23 às 2 h; 2 às 5 h). O tempo de pastejo foi maior entre os animais que não receberam suplementação e decresceu progressivamente, voltando a elevar somente com 1,8% de suplementação. O tempo de ruminação foi maior nos animais com suplementação de 0,6% PV, principalmente das 14 às 17 h e das 17 às 20 h, enquanto o tempo de ócio foi maior no nível de 1,2% PV. A ingestão de água elevou-se com o aumento da suplementação até 1,2% PV e concentrou-se entre 11 e 14 h. O número de micções e de defecações foi maior com suplementação no nível de 1,8% PV. A elevação progressiva na taxa de bocado até o nível de suplementação de 1,2% PV no período das 11 às 20 h com posterior redução sugere efeito aditivo do suplemento sobre o pasto até esse nível, no qual se inicia efeito substitutivo. O tempo sob o sombrite concentrou-se no período das 8 às 14 h e reduziu com a suplementação até 1,2% PV. A suplementação afeta o comportamento ingestivo de ovinos em pastejo, uma vez que, no nível de 1,2% PV, houve otimização da capacidade ingestiva dos animais. Níveis superiores de suplementação comprometem o comportamento ingestivo, por isso, são necessárias alterações na formulação do suplemento quando utilizados níveis mais elevados.

The sheep behavior over 24 hours in Tanzania grass irrigated pastures under four supplementation levels (0.0; 0.6; 1.2 and 1.8% LW) was evaluated in this work. A complete randomized design with six replicates (sheep) was used. The percentage of total time under shade, grazing, ruminating, in other activities, in idleness, the number of supplement/salt ingestions, defecations, urinations, water ingestion and bite rate were estimated, splitting the day in eight periods of three hours (from 5 to 8 a.m.; 8 to 11 a.m.; 11 a.m to 2 p.m; 2 to 5 p.m.; 5 to 8 p.m.; 8 to 11 p.m.; 11 p.m. to 2 a.m.; 2 to 5 a.m). The highest grazing time occurred in animals without supplementation and decreased gradually and increased back again in the supplementation level of 1.8% LW. The rumination time was higher in the supplementation level of 0.6% LW, mainly in the periods from 2 a.m. to 5 p.m and from 5 p.m to 8 p.m. The idleness time was higher in the supplementation level of 1.2% LW. Water ingestion increased up to time the supplementation level of 1.2% LW and was concentrated in the period from 11 a.m to 2 p.m. The urination and defecation frequency was higher in the supplementation level of 1.8% LW. The gradual increase of bite rate up to the supplementation level of 1.2% LW, in the periods from 11 p.m to 8 p.m, with posterior decrease, suggests an additive effect of the supplement on the grass until such level, and a substitutive effect beyond this level. The total time under shade was concentrated in the periods from 8 a.m. to 2 p.m and decreased with the supplementation level up to 1.2% LW. The supplementation level affected the sheep behavior under grazing, where the supplementation level of 1.2% LW presented optimization of the ingestive capacity of the grazing sheep. The highest supplementation levels compromised the ingestive behavior, suggesting that changes on ration formulation in such levels should be implemented.

Formato

374-383

Identificador

http://dx.doi.org/10.1590/S1516-35982009000200022

Revista Brasileira de Zootecnia. Sociedade Brasileira de Zootecnia, v. 38, n. 2, p. 374-383, 2009.

1516-3598

http://hdl.handle.net/11449/4600

10.1590/S1516-35982009000200022

S1516-35982009000200022

WOS:000268136100022

S1516-35982009000200022.pdf

Idioma(s)

por

Publicador

Sociedade Brasileira de Zootecnia

Relação

Revista Brasileira de Zootecnia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Consumo de água #Estresse calórico #Panicum maximum #Semi-árido brasileiro #Tempo de pastejo e ruminação #Brazilian semi-arid #Grazing and time #Heat stress #Panicum maximum #Water ingestion
Tipo

info:eu-repo/semantics/article