Segurança e eficácia da tibolona na transição menopausal: um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado com placebo


Autoria(s): Morais, Maria Socorro Medeiros de
Contribuinte(s)

Almeida, Maria das Graças

CPF:13112457404

http://lattes.cnpq.br/4530513932683684

CPF:20054548420

http://lattes.cnpq.br/0321740024191482

Pinho Neto, João Sabino de Lima

CPF:00424471434

http://lattes.cnpq.br/9820372754981539

Maranhão, Técia Maria de Oliveira

CPF:13049127449

http://lattes.cnpq.br/7869140767244263

Data(s)

17/12/2014

22/05/2012

17/12/2014

14/07/2011

Resumo

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Embora a Transição Menopausal e a menopausa sejam eventos biológicos normais, podem ser acompanhadas de agravos que aumentam o risco de morbidade e mortalidade com destaque para os sintomas agudos da Síndrome Climatérica(SC). O tratamento visa o controle destes sintomas para evitar as consequências tardias da deficiência estrogênica, sempre considerando a segurança e a tolerabilidade ao fármaco empregado e os fatores de risco para complicações futuras. Objetivo: Avaliar a eficácia, o perfil de segurança e tolerabilidade do uso da tibolona na transição menopausal. Material e métodos: Estudo randomizado, duplo-cego, controlado com placebo, envolvendo 65 mulheres saudáveis com idade média de 48,5(±3.5) anos. Critérios de Inclusão: a) idade entre 40 e 55 anos; b) útero sem anormalidades avaliado por ultrassonografia transvaginal e com espessura endometrial≤10 mm; c) irregularidade menstrual nos últimos 6 meses e amenorreia inferior a 12 meses; d) níveis séricos de Hormônio Folículo Estimulante(FSH)>30mIU/ml; e) SC avaliada pelo Índice Menopausal de Blatt e Kupperman (IMK) com escore de pontos>14; f) Índice de Massa Corporal<30Kg/m2; g) mamografia com BI-RADS igual a 1 e 2; e ) valores de bioquímica sanguínea, pós jejum de 12 horas, dentro dos limites de normalidade. Critérios de exclusão: a) fumo; b) uso nos 90 dias que antecederam a entrada no estudo de qualquer medicação hormonal, psicotrópica ou que interfiram com metabolismo glicídico e lipídico; c) qualquer doença neoplásica anterior ou atual; d) hipertensão arterial(pressão sistólica≥160 mmHg e diastólica≥105 mmHg); e) doenças hepáticas e renais; f)desordens cerebrovasculares, tireoideanas, cardiovasculares e 1-xiv tromboembólicas; g) doenças mentais; e h) diabetes mellitus. Trinta participantes foram escolhidas pelo método randômico para o Grupo Tibolona (GT) que recebeu 2,5 mg/dia de tibolona por via oral durante 12 semanas contínuas; as demais 35 foram incluídas no Grupo Placebo (GP) que recebeu 1 cápsula/lactose/dia, por igual período. Medidas utilizadas: A eficácia da tibolona foi avaliada pelo IMK e a Escala Climatérica de Greene (GSC). Na avaliação da segurança e tolerabilidade utilizou-se parâmetros bioquímicos (perfil lipídico, glicemia e função hepática), medida da espessura endometrial, o registro diário de queixas relacionadas com o tratamento e a evolução de medidas antropométricas {Índice de Massa Corporal(IMC), Circunferência da Cintura(CC) e Razão cintura/quadril(RCQ)}.Resultados: Cinquenta e sete participantes (87,7%) concluíram o estudo. Ao final de 12 semanas, ao se comparar os dois grupos, em relação aos valores basais, observa-se: no GT uma diminuição significativa nos sintomas climatéricos: IMK (35,5 + 6,7 vs. 11,3 + 6,5) e GSC (31,9±4.6 vs. 19,8 + 10,5) p<0,001; melhora do perfil lipídico com redução do Triglicerídeos (152,2 + 53,0 vs. 105,2 + 26,8)p<0,001, colesterol total (220,7 + 38,5 vs. 193,3 + 37,9) p=0,001 e LDL colesterol (144,7 + 36,9 vs. 129,0 + 43,6)p=0,03; redução em 25,7% na relação Triglicerideos/HDL-c, fator preditor de resistência insulínica e de risco para doença arterial coronariana. No mesmo grupo, observou-se redução de 21% na espessura endometrial em relação ao valor basal (8.1 ± 2.6 vs 6.4 ± 1.9; p<0,05), compatível com atrofia; não houve alterações nos marcadores hepáticos e nem relatos de efeitos colaterais que levassem a interrupção do tratamento. Conclusões: A tibolona mostrou-se eficaz para reduzir a sintomatologia climatérica de mulheres na transição menopausal, com boa tolerabilidade e melhora no perfil lipídico. A 1-xv atrofia endometrial sugere provável segurança para o seu uso como agente terapêutico da transição menopausal.

Formato

application/pdf

Identificador

MORAIS, Maria Socorro Medeiros de. Segurança e eficácia da tibolona na transição menopausal: um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado com placebo. 2011. 76 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011.

http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/123456789/13365

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

BR

UFRN

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

Ciências da Saúde

Direitos

Acesso Aberto

Palavras-Chave #Transição menopausal #Menopausa #Tibolona #Escala climatérica de Greene #Índice menopausal de Blatt e Kupermann #Síndrome Climatérica. #CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Tipo

Dissertação