Extra! Extra!: os jornaleiros e as bancas de jornais como espaço de disputas pelo controle da distribuição da imprensa e da economia política dos meios
Contribuinte(s) |
Lattman-Weltman, Fernando Miguel, Luis Felipe Albuquerque, Afonso de Aldé, Alessandra Hollanda, Bernardo Borges Buarque de |
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Data(s) |
05/06/2013
05/06/2013
22/03/2013
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Resumo |
Parafraseando Robert Ezra Park, os jornaleiros têm uma história; mas os jornaleiros têm, ainda, uma história natural. A evolução do modelo de distribuição e comercialização de publicações impressas, que culmina nas modernas bancas de jornais, aponta para o tratamento de licenças e concessões para a operacionalização de uma atividade comercial em espaço público urbano. As bancas se constituem, portanto, em um espaço regulado pelo poder público e operacionalizado por iniciativa privada, a título precário. Por que se chegou a este modelo e quais as suas implicações é uma das principais questões abordadas por este trabalho. Entre outros pontos, esta tese tem como objetivo compreender (1) em que medida políticos e homens públicos são capazes de atuar na regulação da liberdade de imprensa através do controle e fiscalização sobre as bancas de jornais; (2) como se dão as articulações dos profissionais vendedores e distribuidores de jornais e revistas diante destas regulações, quais são suas reivindicações comuns e como é construída sua memória em torno destas ações; (3) em que circunstâncias se desenvolvem as negociações entre jornaleiros e homens de imprensa e como estas relações são capazes de ampliar a penetração de determinados impressos junto ao público, atuando de maneira decisiva na conformação da opinião pública; e, finalmente, (4) qual a importância dos jornaleiros e das bancas de jornais e revistas no processo histórico de construção política da opinião sobre a notícia e na apreensão social da informação nas grandes cidades. Nesse sentido, embora evidenciado pelo modelo atual de distribuição adotado pelas principais cidades do país, o papel dos jornaleiros como agentes de fundamental relevância cultural e política na cadeia produtiva dos periódicos impressos tem sido subjugado ante a análises que se concentram nas técnicas ou no discurso jornalístico, quando muito nas cercanias dos estudos de recepção e na apropriação da cultura popular – jamais na investigação sobre esta instituição que silenciosamente tem ocupado nosso imaginário por todos esses anos: as bancas de jornais e revistas. To paraphrase Robert Ezra Park, the news vendors have a history, but they also have a natural history. The evolution of the distribution and marketing model of printed publications, culminating in modern newsstands, points to negotiations involving the licensing for the operation of a commercial activity in urban public space. The newsstands themselves are therefore an area regulated by the government and operated by private enterprise, on a temporary basis. Why did it come to this model and what are its implications is one of the main issues addressed by this work. Among other points, this thesis aims to understand (1) the extent to which politicians and the public are able to act in the regulation of press freedom through control and supervision over the newsstands, (2) how professional sellers and distributors of newspapers and magazines mobilize themselves to confer visibility to their common demands and how their collective memory is built around these actions, (3) under what circumstances occur negotiations between these news vendors and men of the press, and how they are able to increase the penetration of certain printed vehicles with the public, acting decisively in shaping public opinion; and finally, (4) how important are the news vendors and the newsstands in the historical process of building political opinion on the news in the environment of large cities. In this sense, although evidenced by the current distribution model adopted by major cities in the country, the role of these actors as agents of cultural and political relevance in the production chain of print press has been subdued compared to analyses that focus on the technical or journalistic discourse, at most on the outskirts of theories of reception and popular culture appropriation – but never in this institution that has silently occupied our imaginary all these years: the newsstands. |
Identificador | |
Idioma(s) |
pt_BR |
Palavras-Chave | #Bancas de jornais e revistas #Jornaleiros #Mídia e política #História da imprensa #Distribuição da imprensa #Economia política dos meios #Bancas de jornais e revistas #Jornais - Circulação #Liberdade de imprensa #Comunicação de massa e cultura |
Tipo |
Thesis |