Os determinantes morfogenéticos da linguagem expressiva
Contribuinte(s) |
Seminério, Franco Lo Presti Couto, Alpia Ferreira Maluf, Ued Martins Manjud |
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Data(s) |
11/05/2012
11/05/2012
25/01/1984
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Identificador | |
Idioma(s) |
pt_BR |
Direitos |
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Palavras-Chave | #Surdos - Educação #Surdos - Meios de comunicação #Linguagem por sinais |
Tipo |
Dissertation |
Resumo |
O presente trabalho parte de uma reinterpretação dos determinantes e da organização da linguagem expressiva em indivíduos portadores de deficiência da audição. Neste sentido, submete a uma análise crítica as condições de estruturação e aquisição de um sistema de comunicação simbólica de natureza essencialmente verbal por parte de tais indivíduos. Avalia, em particular modo, a perspectiva de uma organização fonológica do discurso em portadores de surdez profunda “pré-linguagem~, como um processo que ultrapassa as possibilidades d e uma mera aprendizagem. A linguagem vista então como um processo semiótico de natureza percepto-expressiva, que se estabelece ao longo do desenvolvimento filogenético e ontogenético é assim interpretada, a luz de um novo modelo teórico sobre a Cognição Humana . Tal modelo, pautado em contribuições da Cibernética, da Lógica, da Linguística e da Epistemologia Genética, estabelece plataformas morfogenéticas, a partir das quais o psiquismo se organizaria. Desta maneira, 2 (dois) objetivos essenciais pretendem ser atingidos no presente e s tudo. 1º ) oferecer uma base teórica à dinâmica e processual cognitivo em que o surdo se vê envolvido ao longo da aprendizagem de um sistema verbal-simbólico - à luz de uma hipótese pré-formista, de base morfogenética. 2º) avaliar, a partir da linguagem expressiva escrita apresentada por deficientes auditivos com perda profunda ~pré-linguagem", a hipótese formulada por F. Lo P. Seminério (1980) "de uma memória morfogenética na espécie humana", a partir do que, toda a atividade cognitiva se organizaria, passando a operar segundo estruturas-código, pré-fixadas. A fim de confirmar as proposições estabelecidas, apresenta - se uma Verificação Empírica através de estudos exploratórios realizados com 6 (seis) sujeitos. Os resultados obtidos confirmam a existência de um marco seletivo e organizador de natureza audio-fonética, também entre indivíduos surdos. Constata-se que a informação veiculada é capaz de ser tratada, programada e recuperada linguisticamente, ainda que sem a possibilidade de um mecanismo de retroalimentação ao sistema que se desenvolve. O que equivale a dizer, que o indivíduo surdo apesar de não ouvir, programa à nível áudio-fonético, programação essa que vem a ser recuperada ou atualizada graças aos recursos e técnicas pedagógicas especializadas. Tais resultados sugerem uma reavaliação dos métodos psicopedagógicos usuais nesta área, podendo-se retomar sob nova orientação o debate de temas atuais, nas diretrizes das técnicas e do instrumental utilizado. The present work arises from a reinterpretation of expressive language determinants and organization in auditory deficience individuals. In this way, exposes to a critical analysis their conditions of structuring and acquiring a symbolic and essentially verbal system of communication. In a more particular way, this study evaluates the perspective of the discourse phonological organization in profound “pre-Ianguage” deaf, as a process that surpasses the possibilities of a simple learning. Language - here as a semiotic process of a perceptuale expressive nature, and which is established by along phylogenetic and ontogenetic development - is so interpretaded by a new theoretical model of Human Cognition . Such model, based on Cibernetics, Logics, Linguistics and Genetics Epistemology's contributions, establishes morphogenetic frameworks, from which psychism is thought to be organized. So, this study appears under 2 (two) essential aims: 1°) to offer a theoretical basis to the dynamics and cognitive processing in which deaf subjects are involved during a verbal-symbolic system learning - according to an innatist hypothesis, of morphogenetic basis. 2st) to evaluate, by means of the writing expressive language presented on "pre-language" profound deafs, F. Lo P. Seminerio's (1980) hypothesis "of a morphogenetic memory in human species", from which, all the cognitive activity would be organized, coming to operate according to pre-established codestructures. In order to confirm the propositions that are established, and Empiric Verification is presented, by means of exploratory studies carried out with 6 (six) subjects. The results attest the existence of an audio-phonetic, selective and organizing boundary, also among deaf individuals. Thay also confirm that the circulating information is able to be linguistically treated, programmed and recovered, although do not exist the possibility of a feed-back mechanism to the system which is being developed. That is, although deaf subjects do not hear, they program audio-phonetically, and this program comes to be recovered or actualized thanks to the specialized resources and pedagogic techniques. Such results suggest a reappreciation of the usual psychopedagogic methods in this area, and offer a new orientation to the actual debates, concerning to the techniques and the instrumental. |