O suicídio em Freud


Autoria(s): Parreira, Vera Toste
Contribuinte(s)

Nick, Eva

Moura, Maria Lucia Seidl de

Sigelmann, Élida

Data(s)

24/04/2012

24/04/2012

16/12/1988

Identificador

http://hdl.handle.net/10438/9703

Idioma(s)

pt_BR

Direitos

Todo cuidado foi dispensado para respeitar os direitos autorais deste trabalho. Entretanto, caso esta obra aqui depositada seja protegida por direitos autorais externos a esta instituição, contamos com a compreensão do autor e solicitamos que o mesmo faça contato através do Fale Conosco para que possamos tomar as providências cabíveis.

Palavras-Chave #Freud, Sigmund #Suicídio
Tipo

Dissertation

Resumo

Este trabalho é um estudo teórico sobre o suicídio em uma perspectiva psicanalítica. O que se pretendeu foi elaborar uma visão compreensiva das motivações inconscientes presentes nos processos autodestrutivos através da retomada das observações que a este respeito estão contidas na obra de Sigmund Freud, correlacionando-as com uma ordenação de suas ideias seu pensamento em termos do desenvolvimento de Inicialmente, Freud faz apenas algumas observações esparsas sobre o suicídio, e suas contribuições posteriores repousam basicamente sobre a concepção de que os impulsos autodestrutivos revelam o sentimento de culpabilidade e a necessidade de autopunição decorrente do ódio inconsciente dirigido a pessoas queridas e do desejo, também inconsciente, de que elas morram. Com a introdução dos conceitos de narcisismo, identificação primária e ideal do ego, Freud amplia seus recursos teóricos identificando a melancolia com a autodestruição. A seguir, investiga-se o aparecimento do conceito de pulsão de morte e as modificações que este conceito acarretou na teoria do suicídio. Examina-se, ainda, a compulsão à repetição, a nova concepção de pulsão como expressão da natureza conservadora dos seres vivos, a fusão pulsional e o problema econômico do masoquismo. A extrema complexidade do fenômeno nos faz concluir que, apesar das contribuições metapsicológicas que nos permitem, à luz da psicanálise, compreender a natureza inconsciente da autodestruição não se pode prescindir, no estudo de casos individuais, de uma perspectiva que leve em conta a singularidade das motivações que contribuem para a tessitura múltipla da rede de fatores que impulsionam a busca da própria morte. A história individual, o contexto sócio-cultural, e a visão que tem do suicídio a sociedade, contribuem para a trama singular, específica e acessível à análise dos atos destrutivos.

This thesis is a theot-etical study of suicide from a psychonanalytical perspective. Our main purpose was to obtain a comprehensive view of the unconscious motivations involved in selfdestructive processes through a revision of the remarks found in Sigmund Freud's work, connecting them with an ordering of Freudian thought relative to the development of his ideas about suicide. In this observations and basically, connected to with early writings we the contributions the idea that the unconscious guilt find only a few scattered of the next years refer basically, to the idea that the selfdestructive feelings and impulses are connected with unconcscious guilt feeling and the need for selfpunishment arsing from unconscious hate directed to loved persons, as well as unconscious death wishes against them. When Freud introduced concepts like narcissism, primary identification and the ego ideal, we see that he managed to enrich his theoretical concept ions, linking melancholy and selfdestruction. The emergence of the idea of a death drive, and the changes which this concept brought to his theories about suicide are then studied; as well a s the new ideas about repetition compulsion, a bout drives as an expression of the conservative nature of human beings, about drive fusion and the economic problem of masoquism. The extreme complexity of this phenomenon leads to the conclusion that, despite the metapsychological contribuitions that enable us to understand the unconscious nature of selfdestructive acts, it is indispensable, in individual case studies, to adopt a perspective that also consider s the singularity of the motivations involved in the impulse that drives us to our own death. The individual story, the social-cultural context and the social view of suicide, colours the singular, specific, and idiosynchratic selfdestructive acts, accessible to the analysis by means of psychoanalytical insights.