Não há que ser flexível, há que ser forte: um estudo sobre os limites no trabalho e na família


Autoria(s): Furtado, Liliane Magalhães Girardin Pimentel
Contribuinte(s)

Sobral, Filipe

Ferreira, Maria Cristina

Oliveira, Lucia Barbosa de

Data(s)

10/04/2012

10/04/2012

23/03/2012

Resumo

É cada vez maior o número de indivíduos que lidam com responsabilidades familiares e de trabalho nas suas rotinas do dia a dia. Esse cenário tem levado a um maior número de investigações sobre as relações entre trabalho e família e os impactos das mesmas na vida dos indivíduos e nas organizações. Diversas são as abordagens e perspectivas teóricas que buscam explicar a ligação entre esses dois domínios e que exploram os efeitos que trabalho e família podem exercer um sobre o outro. O presente estudo aborda a relação trabalho-família a partir da concepção dos limites existentes nestes domínios, limites estes que influenciam diretamente no modo como a interface trabalho-família é construída. São desenvolvidas hipóteses de pesquisa que exploram o constructo força do limite (boundary strength), seus antecedentes e sua relação com o conflito trabalho-família e com o estresse ocupacional. Propõe-se ainda uma relação de moderação do suporte social na relação entre conflito trabalho-família e estresse ocupacional. Para testar a validade empírica do modelo proposto, um estudo de campo é conduzido, com 401 funcionários de diversas organizações no Brasil. Os resultados sugerem que quanto maior a força do limite na família e no trabalho, menor o conflito trabalho-família experimentado pelos indivíduos e consequentemente menor o nível de estresse ocupacional. O teste empírico deu suporte ao papel moderador do suporte social de chefes e colegas de trabalho na relação entre o conflito trabalho-família e o estresse ocupacional. Implicações teóricas e práticas dos resultados obtidos são explicitadas, além de sugestões para pesquisas futuras. Espera-se que o tema amplie o foco de análise da interface trabalho-família e auxilie na compreensão da teoria e da prática organizacional.

A growing number of people have dealt with work and family responsibilities in the daily routine. This scenario has led to more research on the relationship between work and family and its impact on individuals and organizations. There are several approaches and theoretical perspectives to explain the relationship between these domains. They analyze the effects that work and family can cause each other. The present research addresses the work-family interface from the study of the boundaries created by individuals in these domains. Boundaries directly influence the way the work-family interface is built. Research hypotheses are developed to explore the work-family boundary strength construct, its antecedents and its relationship to the work-family conflict and occupational stress. It also proposed a moderating effect of social support in the relationship between work-family conflict and occupational stress. To test the empirical validity of the proposed model, 401 brazilians employees were surveyed using structured questionnaires. Data analyses suggest that strong boundaries at work and at family are associated with low levels of work-family conflict and low levels of occupational stress. The results also support the moderating role of social support (supervisor support and coworker support) on the relationship between work-family conflict and occupational stress. It is expected that these results expand the focus of analysis of work-family interface and help in understanding the theory and organizational practice.

Identificador

http://hdl.handle.net/10438/9569

Idioma(s)

pt_BR

Palavras-Chave #Trabalho-família #Força do limite trabalho-família #Conflito trabalho-família #Estresse ocupacional #Suporte social #Suporte de supervisores #Suporte de colegas de trabalho #Família e trabalho #Conflito – Administração #Comportamento organizacional #Stress ocupacional
Tipo

Dissertation