Abordagem cross-cultural para comitês organizadores de jogos: caso dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007


Autoria(s): Dubois, Nina Silva
Contribuinte(s)

Guedes, Ana Lúcia

Ayrosa, Eduardo André Teixeira

Fraga, Valderez Ferreira

Data(s)

15/03/2012

15/03/2012

30/01/2012

Resumo

O escopo teórico de Gestão Internacional atualmente atinge tantos locais quanto pessoas ao redor do planeta e pode se expandir para atender também a um conjunto mais amplo de empresas que somente as multinacionais. Com o objetivo de analisar os desafios cross-culturais e os conflitos que permearam o Comitê Organizador dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007, este estudo equipara Comitês Organizadores de Jogos a subsidiárias com mandato global. A partir de uma metodologia de inspiração interpretativista cultural defendendo o papel do contexto local por uma abordagem crítica, analisa o sistema de ação cultural brasileiro e contrapõe teorias clássicas da abordagem cross-cultural com uma visão qualitativa de base sócio-antropológica. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com ex-funcionários do Comitê Rio 2007 tanto brasileiros quanto estrangeiros e consultores que apoiaram a realização dos Jogos. Várias questões foram levantadas que apóiam a influência de características comportamentais culturais brasileiras como o paternalismo, a lealdade às pessoas, a flexibilidade, e evitar conflitos nas relações pessoais e organizacionais. Ao mesmo tempo, foi possível identificar três possíveis causas de conflitos entre os atores principais das narrativas (os consultores, o Comitê Organizador Rio2007 e o governo): (1) a diferença no nível de experiência /conhecimento explícito e tácito, (2) a desconfiança, e (3) o orgulho; e o esforço de comunicação foi identificado como possível solução. Por fim, foi possível visualizar traços das teorias clássicas cross-culturais dentro do estudo, mas foi reforçada a crítica de que é impossível isolar a cultura e o contexto local como variáveis contingenciais, muito menos ignorá-los.

The theoretical scope of International Management currently reaches an enormous set of places around the world as well as people and it’s time it expands to meet a broader set of companies that not only multinationals. In order to analyze the cross-cultural challenges and conflicts that permeated the XV Pan American Games Organizing Committee Rio 2007, this study equates Games Organizing Committees to the subsidiaries with a global mandate. Inspired by a cultural interpretative methodology and defending the role of local context for a critical approach, it analyzes the system of Brazilian cultural action and contrasts classical theories in cross-cultural texts with a base with a qualitative socio-anthropological focus. Semi-structured interviews were conducted with former employees of the Rio 2007 Committee, both Brazilians and foreigners, and consultants whom supported the Games. Several issues were raised that support the influence of Brazilian cultural behavior traits such as: paternalism, loyalty to people, flexibility, to avoid conflicts in personal and organizational relationships. At the same time it was possible to identify three possible causes of conflict among the main actors of the narrative (the consultants, the Rio 2007 Organizing Committee and the government): (1) the difference in level of experience/ knowledge explicit and tacit, (2) distrust, and (3) pride, also an effort on communication was identified as a possible solution. Finally, it was possible to see traces of the classical cross-cultural theories in the study, but the critique was reinforced that it is impossible to isolate culture and local context as contingent variables, much less ignore them.

Identificador

http://hdl.handle.net/10438/9414

Idioma(s)

pt_BR

Palavras-Chave #Gestão internacional #Cross-cultural #Comitês organizadores de jogos #Teoria crítica #Administração - Estudos interculturais - Estudo de casos #Jogos Pan-Americanos
Tipo

Dissertation