Rumo a uma teorização jurídica da inovação financeira: os negócios bancários indiretos


Autoria(s): Salama, Bruno Meyerhof
Data(s)

12/08/2010

12/08/2010

01/08/2010

Resumo

Inovações financeiras têm sido realizadas desde que se iniciou o processo de circunscrição jurídica da atividade bancária. Esta observação tem conseqüências importantes. Uma delas é a de que a discussão jurídica sobre o tema ganha relevância. Especificamente, a ênfase pode passar da discussão apenas meta-jurídica sobre a globalização financeira, para a análise das soluções jurídicas historicamente adequadas para lidar-se com inovações financeiras concretas. Essa mudança no eixo de análise permite considerar-se mais detidamente o aspecto jurídico-estrutural das inovações financeiras e suas implicações doutrinárias. A partir daí nota-se que inovações financeiras freqüentemente estruturam-se através de negócios bancários indiretos. Esses negócios não são necessariamente ilegítimos ou ilegais, embora possam sê-lo. No estado regulatório democrático de hoje, a discussão sobre a legalidade de um negócio bancário indireto é subsistêmica e administrativizada. Primeiro, cada setor regulado possui uma racionalidade, ou uma lógica, que lhe é própria. Isso é verdade mesmo quando se aceita que a Constituição dá um sentido macro para a formulação e a aplicação do direito. Segundo, no setor bancário a administrativização se traduz, concretamente, na idéia de que a legalidade de um negócio jurídico indireto depende basicamente de dois fatores: da inexistência de vedação típica; e da legitimidade do objetivo buscado pelas partes do negócio.

Identificador

SALAMA, Bruno Meyerhof. Rumo a uma teorização jurídica da inovação financeira: os negócios bancários indiretos. Artigos (working papers) DIREITO GV. São Paulo: DIREITO GV, n. 58, ago. 2010

http://hdl.handle.net/10438/6954

Idioma(s)

pt_BR

Publicador

Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (DIREITO GV)

Relação

Artigos Direito GV (Working papers) ; 58

Palavras-Chave #Inovação financeira #Negócio bancário indireto #Administrativização #Estado democrático regulatório #Direito #Atos jurídicos
Tipo

Working Paper