A agenda da transformação: a grande imprensa e a hegemonia neoliberal no Brasil (o governo Itamar Franco - 1993-1994 - e o refluxo da agenda)
Data(s) |
27/10/2009
27/10/2009
31/12/2003
2004
24/11/2005
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Resumo |
Esta pesquisa analisa a consolidação da hegemonia ultraliberal no Brasil, num período particularmente crítico: o impeachment de Collor e a efetivação de Itamar Franco na presidência entre 1993 e 1994, através da grande imprensa nacional, isto é, os periódicos Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil e O Globo, e a revista Veja. Por tratar-se de veículo ideológico, a imprensa possui papel-chave no que tange tanto à formulação quanto à transmissão de uma dada agenda com vistas a obter a hegemonia, no caso ultraliberal. Tais órgãos lutaram decididamente para evitar que houvesse um refluxo na agenda iniciada por Collor tendo em vista as posições desenvolvimentistas do novo presidente. Concretamente, temas como, dentre outros, privatização e abertura/ internacionalização da economia nacional constituíram a nova agenda, em substituição ao modelo intervencionista (desenvolvimentista) vigente entre os anos 30 e os anos 80. Aos que se opuseram a este receituário, seja quanto à forma seja quanto ao conteúdo, foram desqualificados e estigmatizados, demonstrando o papel ideológico e não democrático dos órgãos em foco. This study analyses the hegemony of neo-liberal ideas in Brazil in a special period - from the impeachment of the president Collor till the years of Itamar Franco during 1993 and 1994 - based on the editorials of four big journals and one magazine: Folha de S. Paulo, O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, O Globo and Revista Veja. Conceiving the press as an ideological vehicle, as we do, means to face it as having an important place in formulating and difusing an agenda to obtain hegemony, in this case, neo-liberal. Such institutions tried to mantain the agenda that had begun with Collor in spite of the fact of Itamar Franco´s national-development ideas. Indeed, the new agenda supported themes like "privatization" and "internationalization of national economy" against the Keynesian model - which was hegemonic between 1930 and 1980. Hence, those who supported this last one were considered incapable or conservative, which shows the ideological and no democrat position of such presses. |
Identificador |
2004;34 |
Relação |
Relatório de pesquisa FGV/EAESP/NPP;n.34 |
Palavras-Chave | #Imprensa #Ultraliberalismo #Hegemonia |
Tipo |
Working Paper |