“O Porto é só uma maneira de me refugiar na tarde”


Autoria(s): Oliveira, António
Data(s)

31/01/2014

31/01/2014

2012

Resumo

Eugénio de Andrade viveu cinquenta e cinco anos na cidade do Porto e, como ser social, deambulou nos lugares exteriores desta cidade, descobrindo e fazendo descobrir, através dos seus escritos em prosa, a beleza irrecusável de uma cidade pitoresca e inscrita no tempo desde Fernão Lopes até aos escritores mais recentes. A partir desses lugares exteriores, e alimentado por uma experiência de vida e por uma visão artística, ele metamorfoseou os lugares exteriores em lugares íntimos a partir da magia que lhe outorga a palavra poética. Servindo-se da experiência do ser social, o ser criador desce, deste modo, às profundezas da alma e cria um espaço poético cheio de emoções anódinas que purgam as obsessões e as carências do ser social. Assim, e graças à criação poética, os nomes dos lugares do Porto deixam de ser topónimos para serem catalizadores de memórias e de referências. Os espaços geográficos do Porto passam a ser lugares de uma geografia imaginária que as impressões do ser criador suscitam. Depois de sublimar vários espaços da cidade, Eugénio acabou por criar o seu espaço poético no Passeio Alegre onde deixou a sua herança à única herdeira que é a cidade do Porto

Identificador

1646-3730

http://hdl.handle.net/10437/4615

Idioma(s)

por

Publicador

Edições Universitárias Lusófonas

Palavras-Chave #ANDRADE, EUGÉNIO DE #PORTO #OPORTO #LITERATURA PORTUGUESA #PORTUGUESE LITERATURE
Tipo

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