Misticismo do cálculo e a ascese consumista: razão e fé no "crer sem pertencer" e no neopentecostalismo
Data(s) |
01/07/2010
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Resumo |
A cultura do cálculo engendra duas formas de individualização: 1) o isolamento do indivíduo como "peça" nos processos formalizados (nos repetitivos ciclos do consumo e na lógica organizacional da burocracia), o qual coloca a consciência numa condição de heteronomia; 2) a liberdade do homem decorrente da possibilidade de controlar a natureza física e social, que desenvolve uma condição de autonomia da consciência. Na última vertente, o cálculo acaba por lidar com seus próprios limites e, portanto, está destinado a agir no limiar do misticismo. As duas principais formas de desinstitucionalização religiosa de nossos dias, quais sejam, a representada pelos movimentos neopentecostais (de recorte consumista) e a chamada "secularização encantada" (de recorte místico), remontam àquelas duas forças individualizantes da cultura do cálculo. |
Formato |
text/html |
Identificador |
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-85872010000100005 |
Idioma(s) |
pt |
Publicador |
Instituto de Estudos da Religião |
Fonte |
Religião & Sociedade v.30 n.1 2010 |
Palavras-Chave | #reencantamento do mundo #neopentecostalismo #individualismo |
Tipo |
journal article |