Aspectos de ecologia de paisagem e ameaças à biodiversidade em uma unidade de conservação na Caatinga, em Sergipe


Autoria(s): Silva,Ana Cecília da Cruz; Prata,Ana Paula do Nascimento; Souto,Leandro Sousa; Mello,Anabel Aparecida de
Data(s)

01/06/2013

Resumo

A criação de unidades de conservação nem sempre é determinada por critérios técnicos e/ou socioambientais, comprometendo, assim, sua efetividade na proteção da biodiversidade local. Este estudo analisou a potencialidade do Monumento Natural Grota do Angico, localizado no Alto Sertão do Estado de Sergipe, em relação aos aspectos de paisagem, além de analisar possíveis ameaças, de forma a subsidiar estratégias de conservação para a manutenção da biodiversidade local. Para o estudo foi adaptado um protocolo de avaliação de fragmentos prioritários para a conservação do Cerrado. Os indicadores foram obtidos a partir de estudos feitos no local e de um levantamento das espécies vegetais exóticas invasoras, realizado em uma área de 251 ha, sendo adicionalmente calculado o índice de circularidade para o Monumento. Os valores obtidos pelo protocolo foram considerados típicos de áreas com baixos riscos à conservação. As características do MONA Grota do Angico são pouco satisfatórias para manutenção da diversidade de espécies, apresentando área total pequena em relação a outras áreas, formato alongado e índice de circularidade de apenas 0,17 (de uma escala de 0 a 1). Entretanto, a reserva protege a calha do Baixo São Francisco e na região há mais duas unidades de conservação que fazem parte de um corredor ecológico. As ameaças encontradas, como queimadas, desmatamento, espécies exóticas invasoras e gado, requerem monitoramento. Conclui-se que, de forma geral, o MONA Grota do Angico possui condições de abrigar uma biodiversidade considerável, desde que as ameaças sejam monitoradas e geridas.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-67622013000300011

Idioma(s)

pt

Publicador

Sociedade de Investigações Florestais

Fonte

Revista Árvore v.37 n.3 2013

Palavras-Chave #Áreas protegidas #Impactos antrópicos #Planejamento
Tipo

journal article