A situação em Cabo Verde nos finais do século XVI
Data(s) |
2010
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Resumo |
Os problemas de defesa da cidade da Ribeira Grande, única povoação no século XVI com alguma relevância no arquipélago de Cabo Verde, eram relatados desde os meados desse século, mas levaram muito tempo a conhecer o interesse da corte de Lisboa. Em 1542, já Jorge Vaz escrevia a D. João III referindo que “a cidade e porto está sem nenhuma resistência, que só uma nau avante dela, certo a porá por terra e a porão a saque (…) o porto tem grande necessidade de artilharia e munições”. O material começou a chegar entre 1556 e 1558, então um falcão e 6 berços, 4 quintais 4 arráteis de pólvora, 58 espingardas e demais munições. Nos anos seguintes ainda chegariam 35 arcabuzes aparelhados, mais 8 berços, 3 meios-berços, 2 esperas e diversas câmaras para falcões e berços, para além de 40 lanças, ou piques, 841 pelouros de espera e falcão e mais pólvora. Desconhecemos quando se começou a seguir o Regimento das Ordenanças de 1570, que nas ilhas da Madeira e dos Açores teve aplicação quase imediata. A sua utilização através das estruturas camarárias, cuja documentação cabo-verdiana não chegou aos nossos dias, dificulta o seu estudo. A implantação desse regimento, pressupunha, também, a implantação de um sistema de vigia da costa e, consequentemente, a construção das primeiras estruturas defensivas, as vigias, que deveriam ter uma pequena guarnição e possuir um sistema de sinalização, geralmente por fogueiras, para comunicarem umas com as outras a aproximação de possíveis inimigos. Elevavam-se em pequenas eminências, com ampla visão sobre a costa, constituindo postos de vigia e muitas delas deram origem às iniciais fortificações. |
Identificador |
http://bdigital.cv.unipiaget.org:8080/jspui/handle/10964/259 |
Publicador |
Universidade da Madeira |
Palavras-Chave | #História de Cabo Verde #Cabo Verde |
Tipo |
info:eu-repo/semantics/Article |