A Educação Ambiental nas estratégias e práticas associativas no Concelho de Santa Cruz
Data(s) |
2007
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Resumo |
Desde, pelo menos, os finais da década de 60, que por todo o Planeta se verifica um agravamento progressivo dos problemas ambientais. Muitos são os motivos apontados para este facto, mas na sua base encontra-se o comportamento do quotidiano do homem que, desprovidos de uma educação firme e consciente, sem uma cultura de utilização adequada, conservação e reutilização, não faz à correcta gestão dos recursos naturais, abriu um caminho para uma crise quase irreversível do ambiente. Quase irreversível porque ainda estamos a tempo de ‘reciclar’ os nossos comportamentos e aplicá-los às necessidades de conservação da qualidade ambiental, sem a qual o futuro do homem entra no princípio do terceiro instruído (incerteza), sem viabilidade possível. Nestes termos acreditamos que, uma educação apropriada poderemos promover uma Cultura Ambiental e mudar o rumo dos acontecimentos se for globalmente pensada (associacionismo) e localmente praticada por todos que fazem parte de uma comunidade (associativismo). Essa educação terá como objectivo o desenvolvimento humano de modo a torná-lo consciente de que o mundo é uma só ‘casa’ e que os problemas ambientais é uma só ‘causa’. Não interessa os protagonistas, mas sim, que todos envoltam para a aquisição de conhecimentos, capacidades práticas, atitudes, motivações e compromissos que sejam necessários para a luta contra a pobreza (seja ela, material, espiritual ou intelectual), oferecendo assim, soluções para os problemas existentes e prevenir as gerações vindouras. Reconhecemos pois, o grande papel que os movimentos associativos, a OSC e as ONG’s poderão desempenhar junto das comunidades (ou localidades) para a formação, divulgação, sensibilização (…) e combater os problemas ambientais localizadas. Estas acções educativas enformam aquilo que designamos por «Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável» (EADS), aplicada a realidade do Concelho de Santa Cruz, e serve como pano de fundo desta dissertação. Assim, todas as estratégias pedagógicas e metodológicas partirão de práticas vividas nos meio associativos e conduzirão à criação de espíritos adequados ao compromisso na solução dos problemas encontrados. O elemento importante em todas as estratégias não será pois a soma de conhecimentos adquiridos, mas a relação Homem-Natureza (ou indivíduo-ambiente) que permita àquele descobrir os meios para compreender e agir melhor sobre este. Do Global ao Local, ou vice-versa, nós educadores (professor-orientador, animador,ou activistas sociais) temos de desenvolver uma consciência critica nas pessoas para perceberem não só o mundo ao seu redor, mas a sociedade em que vivem como um todo. É necessário uma comunidade que procure formar cidadãos e não apenas consumidores, homens e mulheres altruístas, e não egocêntricos; pessoas participativas, ecologistas (não fundamentalistas), abertas ao contexto social em que vivem, e não voltadas à sua realidade. Desse modo, este documento pretende mostrar que através de estratégias e práticas educativoambientais nos meios associativos (neste caso, em Santa Cruz), os ‘comunitários’ podem aplicar valores humanos ao meio ambiente: amor, associativismo, solidariedade, fraternidade, tornam-se mais participativas e conscientes dos problemas em sua comunidade, se coresponsabilizando pela mudança da realidade em que vivem para um mundo melhor. |
Identificador | |
Publicador |
Universidade de Santiago de Compostela e Universidade Jean Piaget de Cabo Verde |
Palavras-Chave | #Educação Ambiental #Movimentos Associativos #Pobreza #Desenvolvimento Sustentável |
Tipo |
Thesis |