Perfil do tratamento da insuficiência cardíaca na era dos betabloqueadores


Autoria(s): Silva,Christiano Pereira; Bacal,Fernando; Pires,Philippe Vieira; Mangini,Sandrigo; Issa,Victor Sarli; Moreira,Silvia Ferreira Ayub; Chizzola,Paulo Roberto; Souza,Germano Emílio Conceição; Guimarães,Guilherme Veiga; Bocchi,Edimar Alcides
Data(s)

01/04/2007

Resumo

OBJETIVOS: A inibição dos sistemas renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e sistema nervoso autônomo simpático aumentou a perspectiva de sobrevida desses pacientes, além de permitir substancial melhora na qualidade de vida. O objetivo deste trabalho foi avaliar a realidade do tratamento aplicado e seu impacto sobre a doença em pacientes acompanhados em um ambulatório especializado em insuficiência cardíaca(IC). MÉTODOS: Foram estudados 96 pacientes acompanhados no ambulatório de Insuficiência Cardíaca e Transplante do Instituto do Coração, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Os dados foram coletados durante a consulta ambulatorial a partir de prontuário médico e exame clínico. A escolha dos pacientes foi aleatória. RESULTADOS: A maior parte dos pacientes encontrava-se em classe funcional II (42,3%) e em estágio C de evolução (94,9%). A prescrição médica para os pacientes foi bastante próxima do preconizado pelas diretrizes. Aproximadamente 95% recebem inibidores do SRAA (inibidor de ECA - enalapril e captopril - ou antagonista dos receptores de angiotensina-losartan), enquanto 85% dos pacientes recebem, além desses, agentes betabloqueadores (carvedilol). A dose média prescrita também se aproxima das utilizadas nos grandes estudos, e atinge mais de 60% da dose máxima de cada medicação. Os dados hemodinâmicos encontrados mostram pacientes estáveis, apesar da intensidade da disfunção e do remodelamento ventricular destes. CONCLUSÃO: Pacientes portadores de IC acompanhados por equipe médica especializada têm prescrição médica mais próxima do preconizado. Esses pacientes, embora com características marcadas de gravidade da doença, conseguem estabilidade hemodinâmica e clínica com a otimização terapêutica adequada.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2007000400018

Idioma(s)

pt

Publicador

Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC

Fonte

Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.88 n.4 2007

Palavras-Chave #Baixo débito cardíaco #insuficiência cardíaca #ambulatório hospitalar #sistema resina-angiotensina
Tipo

journal article