Projeto de um centro de reabilitação física no complexo do Forte Portuense em Roma

Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura (área de especialização em Cultura Arquitectónica)

A tese “projeto de um centro de reabilitação física no complexo do forte Portuense em Roma” apresenta-se como um instrumento analítico e propositivo que, através do estudo e compreensão de um dos quinze fortes, do campo entrincheirado da cidade de Roma, propõe a inserção de um centro médico público num edifício militar, em estado de abandono. Uma vez contextualizado,articulando passado e presente evidencia-se o conceito de “reabilitação”, seja na área disciplinar da arquitectura, seja no campo da medicina, com a finalidade fixar a terminologia operativa do projeto. Para tal identifica-se como estruturante a ação do “HABILITAR”, mais do que “REABILITAR”, pelo facto de a proposta projetual deverá ser hábil para hospedar no forte uma estrutura que acolha espaços específicos para a reabilitação física des indivíduos, com capacidade motora e sensorial limitada. O projeto não se limitará a definir os espaços dos pacientes e os lugares onde estes deverão praticar os necessários actos médicos, mas garantir uma completa acessibilidade na utilização de todos os ambientes da estrutura que completam o seu funcionamento. Pretende-se, desta forma,permitir a pessoas inválidas trabalhar no edifício e contribuir para o seu funcionamento. Poréem,o âmbito do projecto não se limita às fronteiras do forte,expandindose à área envolvente segundo os mesmos princípios que a governam o interior do forte.Desenham-se novos espaços públicos e definen-se novos percursos superficiais e limítrofes à volta do edifício. Deste modo, realiza-se um COMPLEXO acessível e usufruível, não só às pessoas que trabalham e usam os serviços médicos da estrutura, mas também outros, não prejudicando o uso público e privado dos espaços instalados no forte daquelas que são as características físicas que distinguem o utente.

The thesis, “Design of a physical rehabilitation centre at the Fort complex Portuense in Rome” presents itself as an analytical and purposeful instrument, through the study and understanding of one of the fifteen Forts in the late eighteenth century. A design of a public medical centre is proposed for entrenched camp in the city of Rome, housed in a military building, which is currently in a state of degradation. Once the past is contextualized, articulating the present state of the architectural object, it suggests the analysis of the concept of “rehabilitation” in the architectural field, or in the medical field, in order to reach the result that suggests a different operative terminology project. This identifies as the structuring action “HABILITATE”, rather than “REHABILITATE”. The fact that the Fort through the proposed design should be able to host a framework that embraces specific spaces for physical rehabilitation of individuals with motor skills and limited sense. The project will not only define the spaces of the centre’s patients and the places where they should practice the medical techniques but ensure complete accessibility and practicality in using all the environments structure that enable its functioning. Thus, allowing disabled people to work in the building and contribute to its functioning. The project’s conceptual action is not limited to the Fort’s boundaries, but also expands to its surroundings, maintaining the principles that govern inside. Designing new public spaces and defining new surface routes and borders around the building. Hence, there will be an accessible COMPLEX, not only to people who are connected to the medical nature of the structure, but also to strangers, not harming the public and private use of those that are the physical characteristics that distinguish the users.