Quantificação de insuficiência protética mitral por diferentes métodos de avaliação pela ecocardiografia transesofágica


Autoria(s): Fischer,Cláudio Henrique; Campos Fº,Orlando; Moisés,Valdir Ambrósio; Sousa,José Marconi Almeida; Machado,Cristiano Vieira; Lira Fº,Edgar Bezerra de; Andrade,José Lázaro de; Carvalho,Antonio Carlos de Camargo; Santos Fº,Dirceu Vieira
Data(s)

01/12/1998

Resumo

OBJETIVO: Avaliar os diferentes métodos de quantificação de insuficiência mitral (IM) ao ecocardiograma transesofágico (ETE) em pacientes com suspeita clínica de disfunção de prótese mitral. MÉTODOS: Foram estudados 15 pacientes, divididos em dois grupos, conforme a presença ou não de IM expressiva (grau importante) ao cateterismo cardíaco (Cate). A IM foi quantificada ao ETE pelos seguintes métodos, habitualmente empregados para IM de valvas nativas: avaliação subjetiva do jato regurgitante ao mapeamento de fluxo a cores, avaliação objetiva com base na área absoluta do jato regurgitante e na sua área relativa (área do jato/área do átrio esquerdo (AE)), e avaliação baseada na presença de fluxo sistólico reverso em veia pulmonar. RESULTADOS: A IM foi predominantemente de origem transprotética (14 pacientes) e de distribuição excêntrica (11 pacientes). Observou-se concordância estatisticamente significante (p<0,05) entre IM expressiva ao Cate (8 pacientes) e ao ETE pela avaliação subjetiva e presença de fluxo sistólico reverso em veia pulmonar. As avaliações pelas áreas absoluta (área de jato >7cm²) e relativa (área de jato >35% da área do AE) não mostraram concordância significante com o Cate, com nítida subestimação ao ETE pela área relativa. Houve, porém, concordância significante, quando considerado como IM expressiva, jato cuja área relativa foi >30% da área do AE. CONCLUSÃO: O ETE identificou adequadamente as IM protéticas angiograficamente expressivas, particularmente pelos métodos subjetivo e de fluxo sistólico reverso em veia pulmonar. É necessário cautela na utilização de critérios baseados na área do jato regurgitante, em virtude da subestimação da área na presença de jato excêntrico, freqüente em disfunção de prótese mitral.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X1998001200002

Idioma(s)

pt

Publicador

Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC

Fonte

Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.71 n.6 1998

Palavras-Chave #ecocardiograma transesofágico #disfunção de prótese #insuficiência mitral
Tipo

journal article