Eficácia da memantina na doença de Alzheimer em seus estágios moderado a grave


Autoria(s): Araújo,Rosana Soares; Pondé,Milena Pereira
Data(s)

01/01/2006

Resumo

INTRODUÇÃO: O objetivo desta revisão de literatura é avaliar a eficácia, a segurança e a tolerabilidade da memantina, um antagonista não-competitivo do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), no tratamento da doença de Alzheimer em seus estágios moderado a grave. MÉTODOS: Realizou-se uma busca no banco de dados MEDLINE com as palavras-chave memantine e Alzheimer's disease, sendo inseridos apenas ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e controlados com placebo. RESULTADOS: Foram incluídos quatro estudos que preenchiam os critérios de inclusão supracitados, realizados com pacientes portadores de doença de Alzheimer com grau moderado a grave. Todos os estudos indicaram um efeito benéfico da memantina com relação ao placebo para os seguintes parâmetros: melhora da capacidade funcional e maior participação nas atividades diárias. Dois estudos evidenciaram melhora cognitiva. A duração média dos estudos foi de 28 semanas e as doses mais eficazes variaram de 10 a 20mg/dia. Os efeitos adversos, em todos os estudos, foram maiores no grupo placebo. DISCUSSÃO: Apesar de ser uma droga nova e ainda de custo elevado, a memantina parece reduzir os custos totais e o tempo gasto do cuidador, além de produzir melhora global do paciente, gerando melhor qualidade de vida tanto para o paciente quanto para o cuidador. Estudos ainda não publicados, contudo, sugerem que o impacto dessa droga nos estágios mais avançados da demência de Alzheimer seja marginal.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852006000200009

Idioma(s)

pt

Publicador

Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fonte

Jornal Brasileiro de Psiquiatria v.55 n.2 2006

Palavras-Chave #memantina #Alzheimer #tratamento
Tipo

journal article