‘Wooden Man’? : Masculinities in the Work of J. M. Coetzee (Boyhood, Youth and Summertime)
Contribuinte(s) |
Coelho, Teresa Pinto Oliveira, Pedro Aires de |
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Data(s) |
20/05/2016
2015
31/12/2018
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Resumo |
In seeking to advance the possibility of justice, gender and postcolonial studies have argued for the importance of the study of masculinities, through the acknowledgment that a richer understanding of such gendered formations may provide the basis for recognition of the Other and that, left uncriticised, such formations may be continuously delineated by the reproduction of systems of domination. The current study finds as its object the representations of masculinities in J. M. Coetzee’s Boyhood (1997), Youth (2002) and Summertime (2009). As works of transition in terms of Coetzee’s oeuvre - post-apartheid and post-Disgrace - the trilogy provides an account of the development of a man through several stages of life. While portraying the tensions of different geographical and cultural locations, such as apartheid South Africa and the London of the Sixties, the trilogy articulates the various norms that impact in the formation of gender, particularly of masculinities, through a complex system of power relations. The adherence to such norms is never linear, as the trilogy provides imaginative accounts of the contradictions that assist in the formulation of gender, depicting both the allure and the terror that constitute hegemonic masculinity. Located in the intersection of gender and postcolonial studies, the present study is based on the works by Raewyn Connell on masculinities. Animated by such a critical framework, the main research question of the present study is whether the trilogy advances a notion of masculinity that differs from the traditional rigid model, that is, whether there is resistance to hegemonic masculinity and what the spaces inhabited by the subaltern are. It is suggested that the trilogy presents the reader with instances of resistance to normative formulations of masculinity, by contrasting domination with the possibility of justice, and advancing an understanding of the often fatal consequences of gender norms to one’s sense of being in the world. Na sua promoção da possibilidade de justiça, os estudos de género e (pós-) coloniais têm insistido na importância dos estudos sobre masculinidades, avançando a premissa de que uma compreensão mais aturada e sofisticada de tais formulações de género poderá conduzir a uma base progressivamente sólida no sentido do reconhecimento do Outro e de que a ausência de crítica nesta área implicará a contínua reprodução de tais formulações no âmbito de sistemas de dominação. A presente investigação tem como objecto de estudo as masculinidades representadas nas seguintes obras de J. M. Coetzee: Boyhood (1997), Youth (2002) e Summertime (2009). Em termos da obra de Coetzee, a trilogia localiza-se num momento de transição - post-apartheid e post-Disgrace – compreendendo a formação de um sujeito masculino através das várias fases da sua vida. Representando as várias tensões presentes em diferentes localizações geográficas e culturais, tais como a era do apartheid na África do Sul ou a Londres dos anos sessenta, a trilogia articula as várias normas que presidem à formação de género, em particular das masculinidades, através de um sistema complexo de relações de poder. A adesão a tais normas escapa a uma suposta linearidade, uma vez que a trilogia constrói representações imaginativas das contradições que assistem à formação de género, expondo quer fascínio, quer terror face à masculinidade hegemónica. Na intersecção dos estudos de género e (pós-) coloniais, o presente estudo baseia-se conceptualmente nos trabalhos de Raewyn Connell sobre masculinidades. Face a tal pensamento crítico, e em termos do argumento central do presente estudo, procura-se compreender se a trilogia avança uma noção de masculinidade diferente do tradicional modelo rígido, isto é, se será possível encontrar resistência a uma formulação hegemónica da masculinidade, ao mesmo tempo que interrogamos quais os espaços habitados pelo subalterno. Sugerimos que a trilogia apresenta possibilidades de resistência a formulações normativas da masculinidade, ao contrastar dominação com possibilidade de justiça, apresentando as consequências geralmente fatais das normas de género em termos do sentido subjectivo de estar no mundo. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10362/17369 101396376 |
Idioma(s) |
eng |
Relação |
SFRH/BD/77855/2011 |
Direitos |
embargoedAccess http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ |
Palavras-Chave | #Masculinities #J. M. Coetzee #Hegemony #Postcolonialism #Gender #Masculinidades #J. M. Coetzee, Hegemonia, (Pós-) Colonialismo, Género #Domínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e Literaturas |
Tipo |
doctoralThesis |