Relação entre o consumo de medicamentos do aparelho cardiovascular e os internamentos


Autoria(s): Baltazar, António Cidolino Alves
Contribuinte(s)

Santana, Rui

Data(s)

14/04/2015

14/04/2015

2013

Resumo

RESUMO - Objetivos: Caracterizar a evolução do consumo de medicamentos da área cardiovascular entre 2002 e 2011. Caracterizar a evolução dos internamentos com diagnóstico principal cardiovascular, da taxa de mortalidade intra-hospitalar e da idade média dos doentes no episódio de internamento. Estabelecer relação entre o consumo de medicamentos e os episódios de internamento. Metodologia: Por consulta à base de dados do Infarmed, determinar a evolução do consumo de medicamentos por distrito de Portugal continental, medido em embalagens consumidas/1000 habitantes. Por consulta à base de dados de GDH, determinar a evolução do nº de internamentos por doença cardiovascular dos residentes em cada distrito, determinado em internamentos/1000 habitantes. Determinar a evolução da taxa de mortalidade dos episódios, avaliada em mortes/ 100 episódios. Determinar a evolução da idade média. Correlação estatística entre o consumo e nº internamentos, mortalidade e idade. Regressão linear simples entre o consumo e nº internamentos, mortalidade e idade. Resultados: O consumo de cardiotónicos e antiarrítmicos diminuiu, -26,45% e -16,48%, respetivamente. O consumo de anti hipertensores, vasodilatadores e antidislipidémicos aumentou, respetivamente, 78,73%; 11,18% e 180,91%. A incidência de EAM aumentou 0,03%, a de IC 0,97% e a de AVC diminuiu -21,42%. A mortalidade diminuiu para EAM, IC e AVC, respetivamente, -31,48%; -18,03% e -15,06%. A idade média de ocorrência de EAM manteve-se, a de IC aumentou 2,2 anos e a de AVC aumentou 1,5 anos. 23,9% da variação da incidência de AVC pode ser explicada pelo consumo. A variação da taxa de mortalidade por EAM, IC e AVC que pode ser explicada pelo consumo é de 30,9%; 13,0% e 32,9%. O consumo explica 48,3% e 73,5%, da variação da idade média de ocorrência de internamentos por IC e AVC, respetivamente. Os anti hipertensores e os antidislipidémicos são as subclasses com correlação estatisticamente significativa mais relevante com a diminuição da taxa de mortalidade e aumento da idade média. Conclusão: O consumo explica sensivelmente 50% do aumento da idade média, e em menor percentagem a evolução do nº de internamentos e da taxa de mortalidade. As subclasses dos anti hipertensores e dos antidislipidémicos são as principais responsáveis pelo aumento do consumo, mas também são as que tem correlação estatisticamente significativa mais forte com os ganhos em saúde.

ABSTRACT - Objectives: To characterize the evolution of the use of medicines in the cardiovascular area between 2002 and 2011. Characterize the evolution of hospitalizations, mortality rate and the average age of patients in the inpatient episode. Establish a relationship between the consumption of drugs and inpatient episodes. Methodology: From the query database of Infarmed determine the evolution of drug consumption by district of continental Portugal, measured in packaging /1000 inhabitants. By consulting the database of GDH, determine trends of hospitalizations for cardiovascular disease of residents in each district determined in episode/1000 inhabitants. Determine the evolution of the mortality rate of the episodes, valued at deaths / 100 episodes. Determine the evolution of the averaged age. Statistical correlation between consumption and hospitalization, mortality and age. Simple linear regression between consumption and hospitalization, mortality and age. Results: Consumption of cardiotonic and antiarrhythmic drugs decreased -26,45% and -16,48%. The use of anti hypertensive, vasodilators and lipid-lowering drugs increased, respectively, 78,73%; 11,18% and 180,91%. The incidence of AMI increased 0,03%, of HF, 0,97% and stroke decreased -21,42%. Mortality decreased for AMI, heart failure and stroke, respectively, -31,48%; -18,03% and -15,06%. The average age of occurrence of AMI remained; the IC increased 2.2 years and for stroke increased 1.5 years. 23,9% of the variation in the incidence of stroke can be explained by the consumption. The variation in mortality from AMI, heart failure and stroke which can be explained by consumption is 30,9%; 13,0% and 32,9%. Consumption explains 48,3% and 73,5% of the variation in the average age of occurrence of hospitalizations for heart failure and stroke, respectively. The anti hypertensive and lipid-lowering agents are subclasses with more relevant statistically significant correlation with decreased mortality and increased average age. Conclusion: The consumption explains 50% of increase in average age, and in a smaller percentage, the decrease in the number of hospitalizations and mortality rate. Subclasses of anti hypertensive and lipid-lowering agents are the principal responsible for the increase in consumption, but are also those that have a statistically significant correlation with the health benefits.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/14720

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Tipo

other