Micoses sistêmicas: fatores associados ao óbito em pacientes com infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, Cuiabá, Estado de Mato Grosso, 2005-2008


Autoria(s): Ribeiro,Luciano Correa; Hahn,Rosane Christine; Favalessa,Olivia Cometi; Tadano,Tomoko; Fontes,Cor Jesus Fernandes
Data(s)

01/12/2009

Resumo

A prevalência de micose sistêmica entre 1.300 pacientes portadores de HIV/Aids de Cuiabá, Mato Grosso foi de 4,6%, no período de 2005-2008. As espécies de fungos isoladas foram o Cryptococcus neoformans (50%), Cryptococcus gattii (1,6%), Cryptococcus spp (6,6%), Histoplasma capsulatum (38,3%) e Paracoccidioides brasiliensis (3,3%). Óbito foi registrado em 32 (53,3%) pacientes, sendo a criptococose a principal causa. A contagem de linfócitos T CD4+ foi baixa e semelhante entre os pacientes que sobreviveram ou faleceram por micose sistêmica. O etilismo (OR:8,2; IC95%: 1,4-62,1; p=0,005) e o nível médio de desidrogenase lática [758 (182) U/L vs 416 (268) U/L; p<0,001] foram as características independentemente associadas ao óbito dos pacientes do estudo. Os resultados mostram alta letalidade por micoses sistêmicas em pacientes portadores de HIV/Aids de Cuiabá e sugerem que características clínico-laboratoriais tais como o etilismo e a elevação precoce da desidrogenase lática podem ser fatores relacionados ao pior prognóstico nessas condições.

Formato

text/html

Identificador

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822009000600017

Idioma(s)

pt

Publicador

Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - SBMT

Fonte

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical v.42 n.6 2009

Palavras-Chave #Vírus da imunodeficiência humana #Micoses sistêmicas #Letalidade
Tipo

journal article