Cafeína e resistência à insulina: qual o papel da adenosina?


Autoria(s): Sacramento, Joana Filipa Canais da Costa
Contribuinte(s)

Conde, Sílvia

Guarino, Maria Pedro

Data(s)

18/12/2014

18/12/2014

01/09/2012

01/12/2014

Resumo

O seguinte prémio: - Prémio Hargreaves 2012, Guarino MP, Ribeiro MJ, Sacramento JF, Antunes DD, Conde SV, Chronic caffeine intake reverses age-induced insulin resistance in the rat: effects on skeletal muscle glut4 expression and AMPK activity, Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) e Jaba Recordati.

A diabetes do tipo 2 é um grave problema de saúde das sociedades ocidentais estando associado ao estilo de vida moderno. A cafeína é um antagonista não selectivo dos receptores de adenosina que quando administrada de forma aguda e crónica possui efeitos contrários na sensibilidade à insulina. Neste trabalho pretendeu-se investigar o(s) subtipo(s) de receptore(s) de adenosina que medeiam os efeitos da administração aguda e crónica de cafeína na sensibilidade à insulina. A administração aguda e crónica de diferentes antagonistas dos receptores de adenosina (cafeína; DPCPX, antagonista A1; SCH58261, antagonista A2A; MRS1754, antagonista A2B) foi testada em ratos Wistar controlo e submetidos a uma dieta rica em sacarose (HSu). Nestes animais foi avaliada a sensibilidade à insulina, a pressão arterial, glicémia basal, insulinémia, gordura visceral e a expressão de transportadores Glut4 e AMPK no músculo-esquelético. Observou-se que a administração aguda de cafeína diminuiu a sensibilidade à insulina de uma maneira dose-dependente, efeito este mediado pelos receptores A1 e A2B e, envolvendo um decréscimo dos Glut4 no músculo-esquelético. A administração aguda dos antagonistas dos receptores de adenosina não modificou a pressão arterial, a glicémia e insulinémia. Quanto à administração crónica dos diferentes antagonistas dos receptores de adenosina observou-se que: em animais controlo apenas o MRS1754 modificou a sensibilidade à insulina; nos animais submetidos a dieta HSu que o DPCPX e o MRS1754 aumentaram a sensibilidade à insulina, sendo o efeito deste último significativo; o MRS1754 reverteu a hipertensão nos animais HSu; o DPCPX reverteu o aumento de gordura visceral. A administração crónica de cafeína não alterou a expressão de Glut4 e fosforilação da AMPKα1Thr172 no músculo-esquelético. Em conclusão, o efeito da administração aguda de cafeína na sensibilidade à insulina é mediado pelos receptores A1 e A2B. Por sua vez, os efeitos da cafeína crónica na pressão arterial e na sensibilidade à insulina parecem ser mediados pelos receptores A2B, não se podendo excluir um efeito dos receptores A1 e/ou A2A na sensibilidade à insulina.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/13960

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Diabetes tipo 2 #Resistência à insulina #Cafeína #Adenosina
Tipo

masterThesis