Avaliação da cultura de segurança do doente em meio hospitalar : investigação ação numa unidade de radioterapia


Autoria(s): Eiras, Margarida
Contribuinte(s)

Escoval, Ana

Grillo, Isabel Monteiro

Data(s)

10/11/2014

10/11/2014

2011

10/11/2014

Resumo

RESUMO Introdução e objetivos As organizações internacionais responsáveis pela Qualidade na Saúde e Segurança do doente (Organização Mundial da Saúde, União Europeia), recomendam aos Estados membros a avaliação da cultura de segurança, como condição essencial para se introduzir mudanças nos comportamentos dos profissionais e nas organizações prestadoras de cuidados de saúde, e alcançar melhores níveis de segurança e de qualidade nos cuidados de saúde prestados aos doentes. Constitui objetivo geral deste trabalho contribuir para a implementação da cultura de segurança do doente nos profissionais envolvidos na prestação de cuidados de saúde, concorrendo para a avaliação da cultura de segurança do doente e, consequentemente para a garantia da qualidade dos cuidados prestados. Metodologia 1ª fase – pré-estudo: através da revisão de literatura identificamos o instrumento mais adequado para avaliar a cultura de segurança do hospital, traduzimos e validámos o instrumento. 2ª fase – desenvolvemos um estudo exploratório-descritivo, transversal, retrospetivo, em 3 hospitais portugueses e um estudo exploratório-descritivo, longitudinal, prospetivo, de investigação-ação, numa unidade de radioterapia. Resultados O Hospital Survey on Patient Safety Culture é o instrumento que revela as adequadas características para a avaliação da cultura de segurança nos hospitais portugueses. No que diz respeito à avaliação da cultura de segurança em três hospitais portugueses, podemos destacar que o trabalho em equipa, a expectativas do supervisor e a aprendizagem organizacional são as dimensões com melhores resultados apesar da frequência das notificações e das respostas ao erro não punitivas apresentarem os piores resultados. Verificou-se que a URT se encontra em franca evolução, o que se torna visível sobretudo na adesão à notificação que aumentou à medida que o tempo foi passando. O envolvimento de todos no desenho da intervenção e nas atividades a decorrer na unidade, foi preponderante para a melhoria da segurança do doente. Conclusões Temos consciência que existem muitas questões por responder e que na realidade não há receitas nem diretrizes que possam afirmar que existem relações de causalidade, confrontando uma determinada ação com a consequente mudança cultural. No entanto, estamos convictos que o envolvimento de todos os membros da organização/unidade, o compromisso forte da liderança, uma comunicação efetiva e uma notificação não punitiva são ingredientes essenciais para a melhoria contínua da cultura de segurança do doente.

ABSTRACT Introduction and purpose The international organizations responsible for Quality in Health Care and Patient Safety (World Health Organization, European Union) recommend member states the assessment of safety culture as an essential condition to endorse changes in the professionals and healthcare organizations performance, and therefore achieve greater levels of quality and safety in healthcare provided to patients and citizens. The aim of this study is to contribute to the implementation of patient safety culture in the professionals involved in healthcare, contributing to the patient safety culture assessment and therefore to guarantee the quality of care. Methodology Phase 1 - pre-study: through literature review we identified the most appropriate instrument to assess the hospital safety culture, translated and validated the instrument. Phase 2 - develop a descriptive exploratory study, transversal, retrospective, in three Portuguese hospitals and an exploratory-descriptive, longitudinal, prospective, research-action in a radiotherapy unit. Results The Hospital Survey on Patient Safety Culture is an instrument that exposes the appropriate characteristics for the assessment of patient safety culture in Portuguese hospitals. Regarding the assessment of safety culture in three Portuguese hospitals, we can highlight teamwork, the supervisor's expectations and organizational learning as the dimensions with better results despite the frequency of reports and non punitive response to error, obtained the worse results. We found that the URT is in frank evolution, which becomes particularly visible in the compliance to the reporting system that increased as time went on. The involvement of all staff in the design of intervention and activities taking place in the unit, was foremost to improved patient safety. Conclusions We are aware that there are many unanswered questions and that in reality there are no formulas or guidelines that can declare that there are causal relations, confronting a particular action and the consequent cultural change. However, we believe that the involvement of all members of the organization/unit, a strong leadership commitment, effective communication and a non-punitive reporting are essential ingredients for a culture of continuous patient safety improvement.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/13667

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Tipo

doctoralThesis