De Francine Benoît e algumas das suas redes de sociabilidade: Invisibilidades, género e sexualidade entre 1940 e 1960


Autoria(s): Braga, Helena Margarida Lopes da Silva
Data(s)

16/07/2014

16/07/2014

2013

Resumo

Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências Musicais

Da compositora, pedagoga e musicógrafa Francine Benoît (1896-1990), preocuparamme os silêncios, os não ditos. Esta dissertação propõe-se tecer algumas considerações sobre as suas redes de sociabilidades e analisar as negociações do silenciamento e da omissão da vida privada de Francine Benoît, focando-se nos anos entre 1940 e 1960. Apoiando-me em considerações sociológicas que abrangem desde Simmel a Goffman, Foucault, Bourdieu e Wiewiorka, mas também em estudos sobre as mulheres (Millett, Beauvoir, Pimentel, Tavares), estudos lésbicos (Castle, Klobucka) e na teoria queer (Butler, Preciado), explorei as ligações de Francine Benoît com outras mulheres, enquanto figura agregadora de redes de sociabilidades de intelectuais, baseando-me essencialmente nos seus registos epistolográficos e nos seus diários. As minhas considerações foram complementadas com uma análise da situação da mulher portuguesa durante o Estado Novo, tendo em conta os particularismos de Benoît, nomeadamente segundo o triângulo da diferença de Wiewiorka: identidade colectiva, indíviduo, sujeito, e as permanentes negociações entre os seus vértices (2002). Entendi-a como alvo de estigmatização e auto-estigmatização, devido a várias nuances da sua identidade, que vão desde o ser mulher, a ser estrangeira, a viver afectividades lésbicas.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/12489

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Género #Sociabilidades #Invisibilidades #Sexualidade
Tipo

masterThesis