Streptococcus anginosus como agentes de infeção em Humanos: um estudo epidemiológico numa taxonomia em mudança


Autoria(s): Garcia, Raquel Baptista Arinto
Contribuinte(s)

Sanches, Ilda

Ramirez, Mário

Data(s)

09/07/2014

2014

Resumo

Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Microbiologia Médica

Estreptococos do grupo anginosus (SAG) são um grupo de bactérias comensais da microbiota do Homem. Contudo são também isoladas de infeção invasiva e não invasiva com diferentes apresentações, tendo uma considerável morbilidade e mortalidade. O grupo apresenta uma extensa diversidade fenotípica e genética, que dificulta a sua definição taxonómica e consequentemente a sua identificação. Atualmente SAG inclui seis taxa: Streptococcus anginosus subsp. anginosus, S. anginosus subsp. whileyi, S. intermedius, S. constellatus subsp. constellatus, S. constellatus subsp. pharyngis e S. constellatus subsp. viborgensis. Este trabalho teve como objetivos avaliar e comparar os métodos de identificação existentes para o grupo com vista à escolha de um método de referência. Exploraram-se potenciais associações entre os diferentes taxa e os grupos etários, género, apresentação clínica e perfil de resistência aos antimicrobianos. Foi também analisada a clonalidade das estirpes que causam infeção no Homem. Por fim, foi estudada a diversidade genética inter-taxa e intra-taxon, a classificação e a divisão taxonómica de SAG. Neste trabalho foram analisadas 213 estirpes provenientes de laboratórios hospitalares Portugueses, das quais 98 foram recolhidas de infeção invasiva e 115 de infeção não invasiva. Todas as estirpes foram caracterizadas pelo grupo de Lancefield e pelo tipo de hemólise. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi testada através do método de difusão em disco de Kirby-Bauer e E-test. A identificação ao nível da espécie e subespécie foi feita por PCR com iniciadores para uma porção do gene que codifica a proteína de ligação à penicilina 2B (pbp2b), para o gene 16S rRNA de S. anginosus e para os genes que codificam os fatores de virulência hialuronidase e intermedilisina. Este método foi assumido como “gold standard” e comparado com métodos de identificação não genotípicos: Enz 5 baseado na actividade enzimática (β-N-acetilgalactosaminidase, β-N-fucosidase, α-glicosidase, β-glicosidase e α-N-acetilneuraminidase), Rapid ID 32 Strep e “Matrix-assisted laser desorption/ionization time of flight mass spectrometry” (MALDI-TOF-MS). As estirpes foram submetidas a tipagem molecular por “pulsed-field gel electrophoresis” (PFGE). A coleção invasiva foi analisada por “multilocus sequence analysis” (MLSA) e “multilocus sequence typing” (MLST) através da sequenciação dos genes map, pfl, ppac, pyk, rpoB, sodA e tuf....

Unidade de Microbiologia Molecular e Infeção (UMMI) do Instituto de Medicina Molecular (IMM), Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/12437

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Direitos

openAccess

Tipo

masterThesis