O SUJEITO DE SI NO DISCURSO MEDIEVAL - EM TORNO DO SOLILÓQUIO (DE SANTO AGOSTINHO AO ROMAN DE TRISTAN DE THOMAS D'ANGLETERRE)
Data(s) |
26/06/2014
26/06/2014
01/09/2011
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Resumo |
Agostinho parece ter sido o primeiro a utilizar o termo solilóquio para designar uma forma específica do diálogo interior da alma que coloca como interlocutores o eu e si próprio. De certa forma, esta estrutura dialógica do solilóquio prolonga os diálogos socráticos, mas situando a interrogação do eu sobre si mesmo no interior do eu, ou seja, tornando-a um exercício preponderantemente mental ainda que passe pelo discurso verbal. O objectivo é fazer desenrolar um diálogo interior em que o indivíduo se vai dando conta progressivamente da ignorância em que está acerca de si mesmo. O Soliloquium1 , atribuído a Agostinho, aprofunda e insiste nesta vertente do discurso interior que constituía já o modo discursivo nas Confissões. Com a utilização desta técnica cria-se um novo procedimento ético segundo o qual a literatura é posta ao serviço da filosofia. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
CEIL, FCSH-UNL |
Relação |
CC_01-05; http://ceil.fcsh.unl.pt/cadernos/PDF/5_ana_paiva_morais.pdf |
Direitos |
openAccess |
Tipo |
article |