Prática e Receção da Música Improvisada em Portugal: 1960 a 1980
Data(s) |
25/06/2014
25/06/2014
2013
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Resumo |
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Ciências Musicais, variante de Etnomusicologia Esta dissertação versa a prática e receção de música improvisada, em Portugal, nas décadas de 1960 a 1980, referindo-se particularmente ao conceito de música improvisada, inicialmente denominada improvisação livre, que emergiu em meados do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, por via das influências do free jazz e da música contemporânea de natureza erudita. As manifestações desta prática musical desenvolveram-se em contexto de marginalidade e contestação, particularmente durante o regime político ditatorial até 1974, protagonizadas, essencialmente, pelos grupos Plexus e Anar Band, liderados, respetivamente, pelos músicos Carlos Zíngaro e Jorge Lima Barreto. As atividades em torno da música improvisada suscitaram práticas e discursos divergentes relativamente às perceções dominantes sobre o jazz em Portugal, que frequentemente se materializaram em tensões e debates com marcado cunho ideológico, que se prolongaram até ao fim da década de 70. Esta dissertação apresenta uma análise de exemplos dessas situações de tensão que se verificaram no âmbito dos meios de comunicação social, nomeadamente da imprensa, bem como no contexto da receção à realização de concertos e na crítica aos escassos registos fonográficos editados. A continuidade da atividade dos dois músicos mencionados teve repercussões na emergência de outros grupos como Telectu, Coletivo Orgástico e Potlatch, durante os anos 80, constituindo-se como exemplos relevantes da música improvisada praticada no país. |
Identificador | |
Idioma(s) |
por |
Publicador |
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa |
Direitos |
openAccess |
Palavras-Chave | #Portugal #Jazz Contemporâneo #Improvisação Livre #Música Improvisada |
Tipo |
masterThesis |